O sucesso do Pokémon GO é inegável tanto do ponto de vista dos negócios quanto do social, devido ao impacto que ele causou na mídia e na população. Após bater o número de usuários do aplicativo de encontros Tinder e se aproximar do Twitter, o jogo quebrou outro recorde: o número de downloads na primeira semana disponível na App Store, a loja de aplicativos da Apple. Inevitavelmente, é impossível não conectar a ascensão do aplicativo com a Nintendo, empresa que criou a franquia “Pokémon”. Mas, com a ajuda desse gráfico, dá para mostrar a participação da Nintendo dentro desse jogo.
(Crédito: @necrosofty)
Porém, apesar de alguns analistas afirmarem que Pokémon GO está gerando lucros diários na casa dos milhões de dólares, a Nintendo alertou os investidores, através de um comunicado divulgado na sexta-feira, 22, de que o game não afeta as previsões financeiras da empresa, pelo menos por enquanto. “Por causa da parcela de participação da Nintendo na The Pokémon Company, o lucro refletido no mercado consolidado da Nintendo é limitado”.
Se o aplicativo não afetou o caixa da empresa, ele mudou a maneira como o mercado está enxergando a gigante japonesa. Durante a semana de lançamento de Pokémon GO, as ações da Nintendo saltaram 25%, colocando-a no posto de “companhia mais trocada do século”, no quesito “ações”, com 4,48 bilhões de dólares. A capitalização da Nintendo dobrou desde a chegada do game e, hoje, está na casa dos 42 bilhões de dólares.
Mesmo sem ter o acesso direto ao caixa da Nintendo, dá para fazer uma estimativa, ou pelo menos traçar um panorama para o futuro. A Apple e o Google ficam com 30% do valor gerado pelos downloads de Pokémon GO em suas lojas virtuais. A Niantic Labs, que era do Google, é a desenvolvedora e publisher do jogo, que foi criado baseado no licenciamento da marca Pokémon, que pertence à The Pokémon Co., empresa que possui participação da Nintendo, da Game Freak e da Creatures, em partes iguais. Ou seja: o lucro de uma ponta dessa árvore não afeta diretamente a outra.
Com Polygon