Pesquisador cria “humanos virtuais” para ajudar no treinamento de psicólogos
Pesquisador realiza consulta virtual com Justina
Você já deve ter ouvido falar de psicólogos que fazem consultas online ou, no mínimo, de sites que ofereçam esse serviço. Mas eles geralmente ajudam pessoas REAIS. Agora, a University of Southern California desenvolveu uma tecnologia que cria pessoas virtuais capazes de interagir com terapeutas através de uma tela de computador e, de uma forma bem realista, simular os sintomas de desordens psicológicas.
Segundo o psicólogo e especialista em realidade virtual Albert Rizzo, humanos virtuais agora podem ser altamente interativos, inteligentes e capazes de levar muito bem uma conversa com humanos reais. Se você já chegou a adicionar robôs como a Encarta na época do MSN (antes de todo mundo substituí-lo pelo chat do Facebook ou pelo Gtalk) (e sim, eu às vezes gostava de brigar com robôs pelo Messenger), pode parecer difícil imaginar quão espertos eles podem ser. Mas o vídeo aí embaixo dá uma boa ideia de como é. Nada mal.
Os dois primeiros pacientes virtuais desenvolvidos até agora são Justin e Justina. O primeiro é um menino de 16 anos com problemas de conduta que foi forçado pela família a fazer terapia. Justina, com uma tecnologia mais avançada, é uma vítima de violência sexual que apresenta sintomas de estresse pós-traumático.
O objetivo disso é ajudar no treinamento de futuros psicólogos e psiquiatras. Em um teste inicial, 15 psiquiatras residentes tiveram de fazer uma sessão de 15 minutos com Justina. Após fazer perguntas e ouvir as respostas, eles faziam um diagnóstico inicial.
Esse primeiro teste vai ajudar Rizzo e sua equipe a melhorar a tecnologia e ampliar o leque de desordens possíveis. Os próximos pacientes virtuais serão veteranos de guerra com depressão e pensamentos suicidas. A ideia é usá-los para treinar clínicos e outros militares para reconhecer o risco de suicídio e violência entre seus companheiros.
Hoje, estudantes de psicologia e psiquiatria treinam com outros estudantes ou supervisores, que atuam como se fossem os pacientes, antes de interagir em situações verdadeiras e supervisionadas. A vantagem da tecnologia, segundo Rizzo, é que pacientes virtuais são mais versáteis e acessíveis – basta ter um computador para falar com eles a qualquer hora e em qualquer lugar.
(Via Medical Xpress)