O casal de labradores Max, 2, e Lua, de sete meses, passou uma semana às margens de uma lagoa em Araçatuba (SP). Eles corriam em círculos, farejavam a grama e olhavam em volta com bastante atenção. Estavam, na verdade, esperando que o dono voltasse logo.
A espera começou em 18 de fevereiro, um dia depois do vigilante Luís Almeida, 46, morrer afogado no local.
“Eles andavam de um lado para o outro e, bem no local onde o Luís afundou, ficavam nadando em círculos”, conta a cabeleireira Analiete Almeida, 43, viúva do vigilante. “Na margem, bem onde ele foi socorrido, eles ficaram cheirando por muito tempo.”
Como mal se alimentavam, dormiam pouco e estavam tristes demais, Max e Lua foram afastados da chácara. No momento, estão na casa da família na cidade. Analiete contou que eles começaram a comer e já estão mais fortes.
A cabeleireira espera levá-los neste fim de semana de volta para a chácara, onde os dois foram criados e têm mais espaço para correr.
Essa não é a primeira vez que cachorros ganham fama como símbolo de lealdade. O akita Hachiko ganhou em 1934 uma estátua em frente à estação de trem de Shibuya, no Japão, para reproduzir a posição de espera que manteve no local após a morte de seu dono.
Hachiko costumava aguardar o desembarque do professor Hidesaburo Ueno e, após a morte dele, em 1925, repetiu a rotina de espera por anos.
A história inspirou o filme japonês “Hachiko, a Dog’s Story” e a versão americana, traduzida como “Sempre ao Seu Lado”.
*Com informações da Folha de São Paulo