Nove cientistas estão sobre investigação do governo italiano por terem, supostamente, espalhado um patógeno mortal para as oliveiras durante uma pesquisa sobre a bactéria Xylella fastidiosa, capaz de matar árvores como laranjeiras. Segundo uma reportagem da revista Nature, o grupo de cientistas foi negligente na hora de manusear a bactéria e, visto o dano causado ao seu ambiente de estudo, apresentou resultados falsos para as autoridades.
O “ebola das azeitonas” chegou ao sul da Itália em 2013 e, de acordo com os promotores públicos, as primeiras amostras do microrganismo, vindas da Califórnia, eram destinadas ao Mediterranean Agronomic Institute, localizado na cidade de Bari. No entanto, os produtores locais só passaram a denunciar a presença do patógeno neste ano.
Enquanto a decisão da corte italiana não sai, a produção de azeite no país vem numa decrescente desde o verão e a Xylella fastidiosa já contaminou quase 10% das oliveiras em regiões próximas ao mediterrâneo. O único jeito, nada agradável, de parar a difusão da doença é queimar as árvores contaminadas e as que estão nos arredores. A medida, porém, foi proibida pelo governo por, supostamente, atrapalhar nas investigações.