A “milenar” arte dos GIFs: artista faz interferências animadas (e nonsense) em fotos antigas
O formato GIF – acrônimo de “graphics interchange format” – foi primeiro apresentado ao mundo no já longíquo ano de 1987 por uma equipe da CompuServe liderada por Steve Wilhite. Muito antes de se tornar ferramenta essencial para a zoeira (valeu, Steve!), sua função era prosaica – permitir o compartilhamento em rede de imagens codificadas em cor. Para oferecer mais ousadia a imagens produzidas bem antes da criação do formato revolucionário, Gualtiero Bertoldi criou The GIF Opera Cabinet, recanto nonsense para GIFs cronologicamente impossíveis.
O artista italiano (“um fotógrafo com um pouquinho de tempo livre em mãos”, como se define) recolhe antigas ilustrações em P&B, que parecem oriundas de antigos livros empoeirados, e injeta nelas formas, cores e objetos estranhos em movimento. O resultado – além de inusitado e um tanto psicodélico – é uma fusão entre o velho e o novo.
O artista atualiza frequentemente seu tumblr com GIFs sem noção, que também podem ser conferidos em sua página no Facebook.
MAPA DO GIF
Gualtiero Bertoldi é um dos artistas mapeados pelo projeto GIF Artists World Map, que localiza no globo realizadores de imagens animadas dos quatro cantos do planeta. O projeto é realizado pelo também italiano Alessandro Scali, um pesquisador que leva GIFs muito a sério.
criação de Cindy Suen, de Hong Kong
Scali, que é especialista em abordagens criativas não-convencionais e multidisciplinares, usou a lista de 78 de artistas do GIPHY, oriundos de 19 países diferentes, como ponto de partida para categorização e arquivo de criadores interessados nesta arte visual.
criação de Mike e Claire, de Nova York