Relâmpago: Revista em casa a partir de 9,90
Imagem Blog

Oráculo

Por aquele cara de Delfos Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Ser supremo detentor de toda a sabedoria. Envie sua pergunta pelo inbox do Instagram ou para o e-mail maria.costa@abril.com.br.

Existe um nome específico para pessoas que se arrepiam ouvindo música?

Não há um nome para as pessoas que se arrepiam, mas há um nome para o arrepio em si: frisson. Entenda o que acontece no cérebro nessa hora.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 5 set 2024, 09h08 - Publicado em 25 Maio 2020, 12h50

Não há um nome para as pessoas que se arrepiam, mas há um nome para o arrepio em si: frisson. Além dos pelos eriçados, as pupilas dilatam e pode haver um formigamento na pele atrás do pescoço. Aproximadamente metade dos seres humanos têm o grau de sensibilidade à música necessário para alcançar um frisson, mas a porcentagem exata é incerta, pois nenhum estudo sobre avaliou um número de cobaias razoável (o mais famoso deles, publicado em 2019, empregou apenas 20 voluntários). 

O frisson dura no máximo alguns segundos e normalmente é descrito como uma onda ou pulso prazeroso que sobe da cintura em direção à nuca. Matthew Sachs, neurocientista da Universidade do Sul da Califórnia responsável pelo estudo de 2019, determinou por meio de ressonância magnética que pessoas suscetíveis a esses arrepios têm um número maior de conexões entre a região do cérebro que processa os sons (o córtex auditivo) e o córtex pré-frontal, que fica perto da testa e é responsável por tarefas mais complexas e subjetivas, dessas que só o Homo sapiens realiza – como interpretar o significado de uma música, neste caso. 

O bem-estar propiciado é resultado de como a música manipula nosso cérebro. O arrepio geralmente surge em resposta a um acontecimento musical inesperado: uma nota aguda sustentada por muito tempo, uma nota que termina uma melodia de maneira inconclusiva, sem resolvê-la, ou uma modulação – que é quando a música muda de tom, geralmente no último refrão, para forçar o vocalista a cantar ainda mais agudo, como no final de “My Heart Will Go On”, de Céline Dion. 

Nosso cérebro normalmente não gosta de acontecimentos inesperados – não saber lidar com uma situação é um ótimo jeito de sair dela morto ou machucado, e nós geralmente precisamos nos adaptar a uma experiência com calma antes de passar a considerá-la confortável. Mas a música, como uma série ou filme, é uma simulação: a novidade não causa nenhum mal. É apenas uma maneira artificial de manipular suas emoções. 

Pergunta de @marianapedrastudio, via Instagram.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.