O que aconteceria se eu abrisse a porta de emergência do avião durante o voo?
Sempre viajo e prefiro escolher os assentos próximos às saídas de emergência por ter mais espaço para as pernas. Porém sempre fico tentado em abrir a saída de emergência em pleno voo só pra ver o que acontece. Como imagino que não sobraria muito de mim para contar a história, acabo desistindo. Afinal, o que […]
Sempre viajo e prefiro escolher os assentos próximos às saídas de emergência por ter mais espaço para as pernas. Porém sempre fico tentado em abrir a saída de emergência em pleno voo só pra ver o que acontece. Como imagino que não sobraria muito de mim para contar a história, acabo desistindo. Afinal, o que acontece se algum engraçadinho resolver abrir a saída de emergência com o avião em pleno voo?
Deco Boaretto, Osasco, SP (Próximo ao aeroporto internacional de Osasco hehe)
O problema é que todo mundo vai olhar para ele mais ou menos assim:
Deco, o engraçadinho não conseguiria mexer um centímetro da porta. Ainda bem! Primeiro porque existem travas automáticas que impedem a abertura da porta de emergência em pleno voo. Segundo, a pressão de ar dentro do avião é muito superior à pressão do lado de fora da aeronave durante o voo. Na prática, significa que é preciso fazer uma força descomunal para puxar a porta e abri-la. O claustrofóbico de plantão precisaria ser um Hulk (o original) e exercer uma força de 500 kg.
Agora, digamos que esse asno consiga abrir a porta de emergência. Haveria um grande fluxo de ar de dentro para fora, levando pessoas e objetos para fora do avião até que a pressão interna e externa se igualassem. Por conta da altitude, haveria pouco oxigênio, e a temperatura baixíssima, perto dos -50°C, o que faria com que toda a umidade de dentro do avião condensasse muito rápido, deixando uma névoa branca, densa e fria. Os passageiros estariam expostos à doença descompressiva, quando o nitrogênio dissolvido nos tecidos do corpo forma bolhas, que impedem a passagem de sangue em alguns vasos sanguíneos. E isso pode matar.
Haveria também muito vento e barulho na cabine. Os pilotos colocariam as máscaras de oxigênio e avisariam comissários e passageiros a fazer o mesmo. Em seguida, o avião seria levado para uma altitude de 3.000m, na qual é possível respirar sem máscaras. A partir daí, o comandante, já mais calmo, buscaria um aeroporto para fazer um pouso de emergência e, assim, acabar com o drama todo.
Mas, ainda assim,