A comida agora é free!
“Nós não vamos pagar nada! É tudo free!” É, é tudo de graça, até a comida nossa de cada dia. Pelo menos, para os freegans, ou os seguidores do freeganismo. Não entendeu muita coisa? Então, vamos lá.
Há uma corrente ideológica que prega que comida e moradia devem ser algo essencial ao ser humano, ou seja, não deve ser cobrado para que alguém as obtenha. Os freegans (junção de “free”, grátis, e “vegan”, vegetariano) saem, então, pelas ruas das cidades atrás de lixos que tenham alimentos frescos e saudáveis, que ainda podem ser ingeridos e foram jogados no lixo por restaurantes ou outros estabelecimentos comerciais por motivos, teoricamente, de saúde pública. Sim, eles se alimentam do que alguns consideram lixo.
A idéia não é só pregar que a comida é algo essencial para a sobrevivência. Eles foram militantes contra grandes empresas alimentícias que, segundo um site sobre o movimento, “responsáveis pela violação dos direitos humanos, destruição ambiental e abuso de animais”, mas chegaram à conclusão que todas as empresas têm algo de, digamos, podre. Então, para evitar que elas fiquem mais ricas com suas necessidades, resolveram não mais comprar alimentos, e viver do que alguns consideram restos ou alimentos não saudáveis.
Eles não só evitam o consumo excessivo de alimentos (já reparou nas suas compras de mês? Quantos alimentos estragam?), como também reaproveitam o que seria jogado fora. É um meio de demonstrar que há comida para todos e não somente aos com poder de consumo. A exclusão, para eles, acontece por causa do sistema capitalista vigente que visa o lucro das grandes corporações.
Vale repetir a grande música de Raul Seixas: é tudo free!