A Força está com o Google
Lembra de quando americanos e soviéticos competiam para saber quem ia chegar primeiro à Lua? Pois então. A corrida para a Lua começou de novo: a X Prize Foundation (uma fundação que incentiva a inovação tecnológica e científica por meio de competições) vai dar US$20 milhões para a primeira equipe da iniciativa privada que conseguir mandar para a Lua um robô capaz de cumprir certos pré-requisitos, como trafegar por 500 metros da superfície e enviar para a Terra um conjunto de vídeos e fotos, que serão disponibilizados para todos os terráqueos… pelo Google. Veja só no vídeo:
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=9K4zosGUMBw%5D
É isso mesmo. Como o jornalista Bruno Garatoni já comentou no Re:Bit, o Google é patrocinador do Google Lunar X Prize. Agora, além de querer xeretar o mundo virtual e mapear todo o Planeta Terra, a empresa vai incentivar a nova era da exploração lunar, chamada de Moon 2.0. Esqueça essa história de duas-grandes-nações-disputando-o-controle-do-mundo-e-do-espaço! A corrida é “2.0” porque tem tudo a ver com a web dos novos tempos: empreendedora, criativa, um tanto bem humorada e, possivelmente, muito lucrativa para quem quiser arriscar. “Estamos muito contentes de participar dessa iniciativa, porque acreditamos no espírito empreendedor e na sua habilidade que atingir os mais ambiciosos objetivos”, afirmou o co-fundador do Google, Sergey Brin.
E o que nós, do Planeta Sustentável, temos a ver com uma corrida para a Lua? Tudo! Olha só os motivos que o Google e a X Prize citam para falar da relevância dessa empreitada espacial:
“A Lua é um ponto de partida para o resto do sistema solar e uma fonte de soluções para alguns dos problemas ambientais mais graves que enfrentamos na Terra – dependência de energia e alteração climática.”
“A Lua pode ajudar a salvar a Terra. Há mais de 30 anos, a NASA e o Departamento de Energia dos EUA experimentaram maneiras de capturar a energia solar limpa e abundante do espaço para usá-la na Terra. Embora a tecnologia para fazer isso seja bem conhecida, o alto custo de lançar materiais para fora do forte poço de gravidade da Terra impediu a implementação desses sistemas. No entanto, se o material lunar for usado para a construção espacial, essa energia limpa poderá ser fornecida por uma base que trabalhe 24 horas sem emitir dióxido de carbono nem outros danos à nossa biosfera”.
Será realmente possível usar a Lua para montar uma “usina” de energia solar em pleno espaço? É esperar para ver.
Enquanto isso, quem acredita que “a Força está com o Google” – e acha o maior barato essa coisa de explorar o espaço – pode se candidatar para uma vaga no Google Copernicus Center – o centro de pesquisa e experimentação em engenharia de buscas do Google, localizado na Lua.
(PS: O centro é falso, claro, mas nem por isso deixa de ser divertido).