Casas quentes para o frio
Pra que calefação quando se tem um prédio que não dissipa calor? O conceito de “Passive Houses” – que se tornou um movimento, principalmente na Europa, mais especialmente na Alemanha – não é novo, começou a ser pensado em 1988 pelos estudiosos Bo Adamson, da Universidade de Lund, na Suécia, e por Wolfgang Feist do Instituto pela Moradia e Ambiente, da Alemanha. A primeira construção seguindo os conceitos pensados pelos dois professores foi criada na cidade de Darmstadt, na Alemanha, em 1990.
A idéia principal das Passive Houses é evitar o desperdício. Na Europa, algumas construções baseadas nesse conceito chegam a economizar até 90% de energia na hora de esquentar uma casa, o que equivale a cerca de 94% menos de consumo de CO2. Esse desempenho é atingido, inicialmente, com a redução de perdas de energia e com recuperação ventilada do calor evitando perdas (vide imagem acima, tirada com uma técnica onde é possível ver o calor que se dissipa).
Uma obra desse tipo não tem custo elevado. Hoje, na Alemanha, já é possível ter uma casa econômica assim pelo mesmo preço de uma construção convencional. As Passive Houses requerem, no máximo, 10w por m2 para aquecimento, num total de consumo anual de 15Kwh/m2 e, por isso, já são uma realidade no mundo todo.
A 12ª conferência internacional relativa às Passive Houses acontecerá em Nuernberg, na Alemanha, nos dias 11, 12 e 13 de abril de 2008. Para participar da convenção é necessário fazer um cadastro no site oficial do evento.
Essa forma de aquecimento interno aparentemente não vale muito para um país quente para o Brasil, mas na prática, o conceito para resfriamento de um ambiente pode ser o mesmo. Basta que o vento seja suficiente para esfriar as construções. Pensando bem,… Nada que uma janela aberta em ambiente bem pensado não resolvesse, não?