Cédulas de Real danificadas são transformadas em papel reciclado
Todos os anos, cerca de uma tonelada de cédulas de Real danificadas – rasgadas, rabiscadas, grampeadas ou amassadas – são recolhidas do mercado pelo BC – Banco Central, segundo estimativas da própria instituição. Mas o que fazer com todo esse dinheiro sem valor? Papel reciclado!
Essa é a proposta de iniciativa do BC, em parceria com o Instituto Reciclar: a instituição financeira doa as cédulas sem valor, picadas, para a ONG, que as encaminha para a sua Oficina de Papel, onde são transformadas em papel reciclado pelas dezenas de jovens, da comunidade carente de Jaguaré, em São Paulo, que são capacitados pelo Reciclar. De acordo com o Instituto, 5 kg de cédulas picadas rendem a produção de cerca de 33 folhas de papel reciclado.
Além de diminuir a produção de lixo, o projeto ajuda na inserção desses adolescentes no mercado de trabalho: com idade entre 16 e 19 anos, eles têm carteira assinada pelo Instituto e recebem salário, proveniente da renda obtida com o papel reciclado, que é vendido para as várias empresas e organizações que são parceiras do Reciclar.
A ONG, claro, não é capaz de atender toda a demanda do Banco Central. Por ano, o instituto consegue reciclar 400 kg de cédulas picadas, retiradas do BC, que rendem a produção de cinco mil folhas de papel reciclado. Que tal se outras organizações aderissem ao projeto para dar conta dos 600 kg de dinheiro “inútil” que ainda estão sobrando no “quintal” do BC?
Imagem: Alexandre Battibugli
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