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Energia orgânica

Por Redação Planeta Sustentável
Atualizado em 19 ago 2024, 10h52 - Publicado em 5 set 2008, 21h18


E cada vez mais surgem grandes exemplos de energias renováveis, limpas e com menos custos. Daqui a pouco, continuar investindo em fontes não-renováveis, além de ser péssimo para o planeta, será considerado muita burrice (se já não é…¬¬).

Uma empresa criada por ex-estudantes de engenharia em Harvard criou uma maneira para que africanos consigam carregar pequenos aparelhos eletrônicos (como uma lâmpada LED ou celulares) apenas com energia feita com células combustíveis microbióticas, como informa o Technology Review.

Qual é a idéia? É simples. Esse tipo de energia usa eletrodos dentro de restos orgânicos para carregar um pequeno motor. A Lebônê Solutions, criada com capital da Harvard Institute for Global Health, é formada por alunos e ex-alunos da universidade interessados e profundos conhecedores sobre as questões africanas. Eles pegaram esse tipo de tecnologia e desenvolveram um pequeno mecanismo que ajuda a carregar os aparelhos, evitando com que a população viaje alguns quilômetros até chegar ao gerador mais perto.

As células de combustível, em vez de usarem hidrogênio, usam bactérias, que vivem no ânodo e se alimentam de glicose ou qualquer outra desperdício da água, e a tornam em elétrons e prótons. A bactéria, então, transfere os elétrons para o circuito, o que gera eletricidade. Além disso, a vantagem é que o mecanismo é mais barato para se construir do que um moinho e mais fácil de se fazer do que painéis solares.

Para criar o dispositivo, eles colocam uma manta de grafite (que faz o papel do ânodo) no fundo de um vaso, conecta-o com alguns arames (o cátodo) e alguns restos orgânicos (como lama, esterco ou resíduos de plantações de café). Uma camada de areia funciona como barreira para os íons, enquanto água salgada ajuda os prótons à placa que gera a energia final. Em outras palavras, o único custo para o usuário é a placa, que deve ser importada. De resto, os pesquisadores acreditam que o sistema custe, no máximo, US$ 10.

Para ver todo o processo e o trabalho que os estudantes fazem, acesse a galeria de imagens feita pela publicação.

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