Knut: do auge à (aparente) decadência
Ele já foi o símbolo de muitos ursos-polares. Foi o primeiro de sua raça a ser capa de uma edição da Vanity Fair. Milhares de pessoas viajaram até Berlin para ver ao vivo a pequena atração: Knut, o urso-polar rejeitado pela mãe. A adoração por ele era tamanha que até um site foi criado em sua homenagem.
O que parecia ser uma vida de glória, agora, aparenta decadência. Knut pode ser transferido do zoológico que o acolheu por falta de dinheiro para mantê-lo. De acordo com o jornal britânico Times, o zoológico de Berlin não tem como arrecadar fundos para financiar as mudanças necessárias para que o urso-polar, que faz dois anos hoje, consiga uma companheira e tenha espaço para se desenvolver.
Knut já não está tão fofo quanto antes – pensa 210kg e mede 2,5m -, já não atrai mais tantos visitantes, nem fica desperto durante muitas horas. Aliás, não é uma boa época para o animal. Em setembro, seu criador que o achou e o cuidou durante seu primeiro ano de vida, faleceu repentinamente.
Para que Knut se mantivesse no zoológico de Berlin, segundo a própria organização, seriam necessárias 7 milhões de libras, valor muito alto para uma época de crise financeira mundial. A única solução, então, seria mandá-lo para outro zoológico. Ou seja, o estabelecimento que arrecadou muito dinheiro com a sua imagem, está o dispensando por falta de verba.
O jornal britânico até conta que o diretor da instituição, Bernhard Blaszkiewitz, está preocupado há meses por causa do ofuscamento que o urso provocou nos outros animais do zoológico.
Parece que agora ele não terá mais que se preocupar com isto.