Lixo de NY virou artigo de decoração
Segundo o DSNY – Departamento Sanitário de Nova York, a “Big Apple” produz cerca de 11,8 toneladas de lixo por dia. O que isso significa? Que a maior cidade dos EUA, assim como todo o resto do mundo, deve rever seus hábitos de consumo. Mas para o artista nova-iorquino Justin Gignac o dado tem, ainda, um outro significado: fonte de renda.
O designer inventou um novo jeito de fazer arte usando lixo e, ao mesmo tempo, ganhar muito dinheiro com isso: todos os dias, sai pelas ruas de Nova York fazendo uma verdadeira “coleta seletiva”. Gignac recolhe passes de metrô, bitucas de cigarro, latas de refrigerante amassadas, sacos de salgadinho vazios e qualquer outro tipo de resíduo – que não cheire nem solte líquido. Com o material coletado, monta pequenos mixes de sucata, dentro de cubos transparentes, e pronto: eis a obra de arte, pronta para vender.
Cada caixinha de lixo – que é assinada e datada pelo artista – custa entre 50 e 100 dólares e pode ser comprada por pessoas de qualquer lugar do mundo, no site da iniciativa: o NYC Garbage. A ideia já virou mania, principalmente, entre os turistas, que querem levar para casa uma amostra do lixo de Nova York.
O sucesso foi tão grande que Gignac até criou edições especiais das caixinhas. Há, por exemplo, as que foram feitas, apenas, com lixo coletado na noite de ano novo da Times Square ou, ainda, com resíduos do início da temporada de baseball no novo estádio dos Yankees.
Ao todo, o artista já vendeu mais de 1.200 cubinhos para 25 países diferentes e a produção não para. Afinal, a matéria-prima é farta e gratuita e a atividade ainda ajuda a limpar um pouco a cidade. Você compraria uma peça dessas para enfeitar a sua casa?
Foto: Divulgação
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