Montanhas-russas são sustentáveis
A montanha-russa foi inventada no final do século 19, muito antes das expressões “mudanças climáticas”, “aquecimento global” e “baixo carbono”. Provavelmente, La Marcus Adna Thompson não estava muito preocupado em ajudar o meio ambiente naquela época, mas, mesmo assim, criou um superaparato tecnológico que se alimenta da energia gerada por seu próprio movimento.
Quase sempre* funciona assim:
– Um pouco de eletricidade é utilizada para que os carrinhos subam a primeira rampa,
– enquanto sobem, eles acumulam energia potencial, já que aumenta a força com que a gravidade poderá puxá-los para baixo.
– Quando chegam no topo, a gravidade transforma esse acúmulo de energia potencial em energia cinética que faz com que os carrinhos desçam os trilhos.
– Como já dizia a 1ª Lei de Newton, a inércia faz com que um corpo em movimento permaneça em movimento,
– é isso o que garante que os carrinhos subam um looping, por exemplo.
– Mais uma vez, enquanto sobem, acumulam energia potencial, que é transformada novamente em um movimento para baixo.
Para refletir: Se a vida é uma verdadeira montanha-russa, bem que a gente podia aproveitar mais a energia potencial que acumulamos nos momentos de ascenção para transformá-la em movimentos prazerosos, morro abaixo e morro acima. Belo insight de Thompson…
* No Japão, existe uma montanha-russa que não usa esse princípio. Os vagões são movidos com a força humana – mais precisamente por pedaladas.
Não é tão emocionante (veja o vídeo), mas dá para curtir a paisagem e não gastar energia elétrica nem na primeira subida. O século 21 agradece o esforço extra…
Dica de Ricardo Lombardi.
Foto de Snackfight, no Flickr em Creative Commons.