PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Mortes por causas climáticas dobram em 2010

Por Livia Aguiar
Atualizado em 21 dez 2016, 10h33 - Publicado em 1 dez 2010, 08h55

desastres-climaticos-super-650px

No ano passado, 10 mil vidas foram perdidas em desastres climáticos. Nos primeiros nove meses de 2010, este número mais que dobrou: 21 mil mortes, segundo relatório da Oxfam*, organização humanitária internacional.

O documento, intitulado “Agora, mais que nunca: negociações sobre o clima que funcionem para quem mais precisa delas”, foi lançado ontem, 29, primeiro dia da COP16 – Conferência da Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas, da qual participam representantes de 194 partes (193 países + União Europeia).

“Cancún (onde ocorre a COP16) não vai ver os governos cruzarem a linha de chegada (que é desaceleração das mudanças climáticas), mas eles podem dar passos vitais para trazer essa linha de volta à vista”, diz o relatório, com esperança.

Infelizmente, o resto do documento é bastante desalentador:
– 2010 já viu o menor nível de água do Rio Negro, na bacia do Amazonas;
– as temperaturas mais altas já alcançadas na Ásia (53,7ºC), na Rússia;
– inundações que mataram mais de 2 mil pessoas no Paquistão;
– o terceiro nível de gelo mais baixo do oceano Ártico
– inundações na China que afetaram 140 milhões de pessoas (com secas igualmente severas, que atingiram 51 milhões de chineses).

Continua após a publicidade

Se barrar o aquecimento global por completo é impossível, subir apenas dois graus na temperatura (que é a meta firmada na COP15, no ano passado em Copenhague) parece igualmente utópico. Mas o relatório da Oxfam acredita que há como reverter essas mudanças climáticas e apresenta três frentes de atuação que considera mais importantes: 1. Estabelecimento de um fundo global para o clima, destinado às pessoas pobres, especialmente mulheres, como carro-chefe do progresso sobre o financiamento do clima; 2. O fim de compromissos de mitigação dos países desenvolvidos e aceitação de que eles não serão suficientes para mandar o aquecimento global abaixo de 1,5ºC – e fazer algo a respeito; 3. Chegar a um consenso para um acordo abrangente que seja compreensivo, justo, ambicioso e que comprometa a todos, tanto para o Protocolo de Kyoto e Ação de Cooperação de Longo Prazo (AWG-LCA).

Um único dólar investido em adaptação economiza 60 dólares em contenção de danos, informa o documento. “Os países devem identificar novas formas de arrecadar bilhões de dólares necessários, como impondo tarifas sobre as emissões não-reguladas da aviação e da navegação internacionais, e aceitando uma Taxa de Transações Financeiras sobre os bancos”, sugere Tim Gore, autor do relatório, em nota no site da Oxfam.

Reduzir a temperatura da Terra é praticamente impossível (e muito, muito caro). Por isso, é preciso deixar os egos de lado e atuar em conjunto para que isso não aconteça. Parece fácil?

Continua após a publicidade

*Oxfam

(imagem: Newsbeats via Flickr Commons)

Leia mais:

Entenda a dinâmica da COP16, em Cancún
COP16: desacordos e surpresas já na abertura
COP16 precisa lembrar os maias
Lula não vai à COP16
A COP16 também não vai salvar o mundo (mas é importante!)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.