Muito além da tomada
Parece utopia: um carro veloz, eficiente, que não polui e que pode ser abastecido em casa. Muito se tem falado em substituir a gasolina pelo álcool, mas a verdade é outra. O primeiro carro verde era elétrico. No passado! Pois ele foi inventado e “assassinado”. Ou melhor, destruído.
O EV-1 foi desenvolvido e comercializado pela General Motors, em 1996. Uma lei do governo da Califórnia decretava que todas as concessionárias deveriam investir em tecnologia e destinar parte de sua frota a carros menos poluidores. A GM saiu na frente e lançou o potente carro elétrico.
Ele surgiu nas revendedoras sem muito alarde, com propagandas que até denegriam sua imagem. A compra era feita por meio de leasing, ou seja, a empresa automobilística seria dona do veículo até que todas as prestações fossem quitadas. Em 2003, ainda em posse dos veículos, a GM convocou todos os donos, avisando que o carro deveria ser recolhido. Por quê? Ninguém sabe.
Para tentar responder a essa pergunta, Chris Paine – um ex-dono de um EV-1 – dirigiu o documentário “Quem matou o carro elétrico?”. Por meio de entrevistas com consumidores, vendedores, engenheiros e até famosos, como Tom Hanks e Mel Gibson, Paine mune o espectador de argumentos para que ele consiga achar a reposta.
Afinal, quem matou o carro elétrico?