O mundo reunido na Polônia contra as mudanças climáticas
Pergunte à maioria dos cientistas, ambientalistas, governantes e demais engajados qual o tema mais importante da atualidade e a resposta será quase unânime: as mudanças climáticas. Até os EUA devem se envolver mais com a causa a partir da posse de Barack Obama, que já prometeu investir U$15 bilhões ao ano em energia limpa.
O assunto que está cada vez mais freqüente em eventos, discursos e mesmo entre nas conversas dos jovens será o foco das atenções de todo o mundo, especialmente, nos próximos onze dias. O motivo é a Conferência de Poznan, na Polônia, onde estão reunidas delegações governamentais de 186 países que compõem a UNFCCC – United Nations Framework Convention on Climate Change (Convenção de Mudanças Climáticas das Nações Unidas, em tradução livre), além de representantes de negócios e da indústria, organizações ambientais e instituições de pesquisa.
A conferência marca a metade do percurso entre as negociações que começaram em Bali, no ano passado, e terminam em Copenhague, no final de 2009, quando será fechada uma agenda internacional de medidas financeiras e tecnológicas, não só para combater o aquecimento global, como para realizar as adaptações necessárias às conseqüências que já se tornaram inevitáveis, em função da alta concentração de gases de efeito estufa na atmosfera.
De acordo com o IPCC – Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, um aumento de 2º na temperatura do planeta seria o suficiente para causar desequilíbrios irreversíveis em todos os ecossistemas e nas comunidades humanas. Aliás, foi exatamente com esse dado que o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, abriu o encontro mundial, hoje.
Que os países – desenvolvidos ou em desenvolvimento, pertencentes ao anexo I do Protocolo de Kyoto ou não – precisam tomar medidas urgentes para combater as mudanças climáticas, todo mundo concorda. Resta saber como vão se comportar, durante a conferência, países como os EUA – ainda representados por Bush –, China – que está de olho na ajuda financeira dos países ricos – e mesmo o Brasil, que, apesar de ser o quarto maior poluidor do mundo atualmente, insiste em manter a posição de que só vai se mexer quando os países com maior responsabilidade histórica sobre o aquecimento global fizerem a sua parte.
Agora é esperar até a próxima semana…Enquanto isso, acompanhe a cobertura do evento no Blog da Redação do Planeta Sustentável.