Orcas processam SeaWorld por trabalho escravo, mas perdem ação
Cinco orcas, que trabalham no SeaWorld, foram nomeadas autoras de um processo movido, na Justiça americana, contra o trabalho escravo no parque temático. De acordo com a ação, aberta pela Peta – People for the Ethical Treatment of Animals em outubro do ano passado, os mamíferos vivem em tanques apertados no SeaWorld e são obrigados a fazer apresentações diárias no parque, o que violaria a 13ª emenda da Constituição americana, que condena a escravidão e a servidão involuntária no país.
Muita gente achou a causa justa, mas o processo não seguirá adiante. O motivo? Simples: o juiz responsável pelo caso rejeitou a ação nesta quarta-feira, 08/02, alegando que a Constituição dos EUA se aplica, apenas, a seres humanos e não cabe ao Tribunal julgar casos de suposto trabalho escravo de animais.
Apesar da derrota na Justiça, a Peta julgou o episódio positivo, uma vez que estimulou a sociedade a pensar e debater sobre a forma como o ser humano anda usando – e maltratando – os animais em favor do seu próprio bem-estar – não só em espetáculos artísticos, mas também em laboratórios, criadouros ou no transporte de carga, entre tantas outras atividades consideradas exploratórias.
Já o SeaWorld classificou o caso como “desperdício de tempo e dinheiro” e argumentou, ainda, que a ação é burra, uma vez que traria consequências para qualquer atividade que utilize animais, como, por exemplo, cães farejadores que ajudam a polícia a encontrar drogas e explosivos ou, mesmo, localizar vítimas de desastres naturais.
E você, o que pensa a respeito dessa história? A iniciativa da Peta é válida, por promover o debate a respeito dos maus-tratos aos animais, ou acaba atrapalhando a causa, uma vez que confere um certo tom de “palhaçada” ao assunto?
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