Polegar em riste e os dedos fechados
Quem vive em metrópoles sabe que boa parte do dia é gasta apenas nos longos e, aparentemente, intermináveis congestionamentos. Em 1998, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), de São Paulo, fez uma pesquisa que mostrava que os cerca de 5 milhões de paulistanos que enfrentam o trânsito todos os dias desperdiçam aproximadamente US$ 13,8 milhões!
Esse valor é suficiente para construir um quilômetro de linha de metrô a cada dez dias! Os engenheiros mediram o tempo gasto nas avenidas da cidade e calcularam quanto os motoristas arrecadariam nesse período se estivessem trabalhando. Além disso, eles consideraram o gasto desnecessário de combustível.
Com esses dados, fica a pergunta: como diminuir, então, os engarrafamentos diários das grandes cidades? Uma proposta interessante que ajudou São Paulo durante um tempo, mas que foi esquecida depois que o governo deixou de fazer campanhas sobre, foi a Carona Solidária. Nada mais é do que a simples carona, mas para pessoas que moram perto de você ou que trabalham nas proximidades.
À época, em 1995, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo – então comandada pelo ex-deputado Fábio Feldmann -, em parceria com a Cetesb (afinal, menos carros, menos poluição), desenvolveu um programa que ajudava aos moradores de uma região a acharem outras pessoas que tivessem o mesmo destino. Com isso, ficava fácil saber que existe um colega no andar de cima no qual você trabalha que, todos os dias, pega o carro sozinho e vai para casa, que fica a duas quadras da sua.
Apesar de antigo, o utilitário ainda está disponível para download. É só entrar no site da Secretaria e escolher uma das três opções: empresa, escola ou condomínio. Nele, dá para cadastrar o perfil de cada pessoa, incluindo se é fumante ou não, qual o passatempo preferido e o horário que costuma sair de casa ou do trabalho.