Robô-peixe analisa qualidade da água e gasta pouca energia
Grace é um robô bastante esquisito. Seus criadores, cientistas da Michigan State University, afirmam que ele é um peixe robótico. Mas, convenhamos, ele poderia muito bem se passar por um submarino ou por um avião naufragado. Mas a forma dele pouco importa quando se sabequal é sua função: ele analisa a água e detecta substâncias tóxicas em rios e lagos.
A importância dessa tecnologia é inquestionável: como nós bem sabemos, qualquer irregularidade nos lençóis freáticos pode resultar em situações desastrosas como, por exemplo, o descarte irregular de lixo eletrônico, que libera metais pesados (componentes dos produtos) que contaminam o solo e a água que bebemos, já que 80% dela provêm dos lençóis freáticos.
Pensando neste problema, o professor de engenharia elétrica Xiaobo Tan e sua equipe instalaram sensores no aparelho. Dessa forma, é possível coletar dados a respeito da temperatura e da qualidade da água.
Para se locomover, Grace nada e desliza na água. Sem que a bateria descarregue, as duas formas permitem que o robô faça viagens de longas distâncias. Por mais que o bater da cauda gaste mais bateria quando nada, ele pode economizar energia deslizando.
A façanha só é possível porque uma bomba empurra a água para dentro e para fora do aparelho, e a embalagem da bateria fica dentro de uma espécie de trem, que se move para frente e para trás. Dessa forma, o peixe-robô consegue deslizar em um caminho específico.
Não preciso dizer que, quando testado no final de 2012, Grace superou as expectativas. Apesar de ainda ser um protótipo, o sensor detectou até mesmo locais onde houve derramamento de petróleo em 2010!
Você consegue imaginar outros usos sustentáveis para esta tecnologia?