Roda Viva sabatina Nicholas Stern
Com voz mansa, fraca e frases pausadas, Nicholas Stern, economista responsável pelo Relatório Stern, foi sabatinado nesta segunda pela manhã pela equipe do programa Roda Viva, da TV Cultura. Junto aos entrevistadores oficiais, três convidados tinham a proposta de produzir um outro tipo de conteúdo, online.
Eu (Thiago Carrapatoso), Maira Begalli e Felipe Lobo ficamos responsáveis por dar uma visão mais intimista ao tema e adicionar mais uma camada de informação pela ferramenta de micro-blogging twitter (a mesma utilizada por uma planta para mandar suas informações orgânicas). Por meio do site www.radarcultura.com.br/rodaviva, os espectadores/internautas puderam acompanhar três câmeras com conteúdo ao vivo, um chat no qual era possível mandar perguntas, fotografias tiradas na hora e as informações postadas por nós três. Nós, do Planeta, já conhecíamos essa cobertura participativa quando o entrevistado foi o atual ministro do Meio Ambiente Carlos Minc.
Nicholas Stern foi o autor do relatório que se considera como o primeiro a inserir o aspecto econômico no combate às mudanças climáticas. De acordo com suas estimativas feitas em 2006, quando o estudo foi publicado, era preciso conter o crescimento do PIB mundial em 1% e destinar esta verba para a melhoria da eficiência energética, combater o desmatamento e investir em alternativas sustentáveis. Em outras palavras, os países não parariam de crescer, mas se reduziria a taxa de crescimento.
Neste ano, porém, Stern reviu o relatório e aumentou para 2% o que deveria ser destinado para evitar mudanças bruscas no meio ambiente até 2050. Durante a entrevista, o economista ressaltou todos os pontos já divulgados pelo estudo: os países em desenvolvimento, principalmente o Brasil, têm papel de extrema importância neste combate; os países desenvolvidos devem ajudar a conter o desflorestamento (inclusive criando um fundo internacional para o combate) e investir em alternativas energéticas; as nações mais pobres serão a que mais sofrerão com todas as mudanças provocadas.
Os questionamentos dos entrevistadores (Washinton Novaes, Ademar Romeiro, Mônica Teixeira e Cláudio Ângelo) foram menos provocativos e mais explicativos. O mais interessante da discussão, que são opiniões de pessoas interessadas no tema, pôde ser conferido no chat, em que o público questionava o modelo econômico vigente e como mudar em uma realidade igual ao do Brasil.
Para conferir o que eu, Maira e Felipe discutimos, existem dois serviços que mostram todas as mensagens que usaram a tag #rodaviva: o Twemes e o Tweet Scan .
Espero que gostem!