Uma cabana de 6,5 milhões de dólares
Quem investiria uma grana dessas para fazer uma cabana? Os suíços inspirados em criar um laboratório de iniciativas sustentáveis. A Monte Rosa, além de ser muito bem vedada, tem paredes revestidas em alumínio e painéis solares que garantem o fornecimento de 90% de energia, enquanto os outros 10% são provenientes de um gerador de energia elétrica e térmica.
As águas da chuva e do degelo são recolhidas em uma caverna e, depois de usadas na cozinha e nos chuveiros, são recicladas e reaproveitadas nas descargas dos banheiros. Antes de irem para o esgoto, elas passam por tratamento. A ideia é que a cabana seja um modelo de edificação sustentável tanto durante sua construção quanto depois de concluída. Talvez, ela sirva como uma inspiração para as outras mais de 150 cabanas do Clube Alpino Suíço, responsável pela obra em parceria com a Escola Politécnica Federal de Zurique.
De acordo com o Swissinfo.ch, o comando remoto de equipamentos, que está em fase de estudo, irá analisar também dados da meteorologia e da ocupação dos quartos para atingir o máximo de autonomia para a Monte Rosa.
Instalada a 2883 metros no pico mais alto da Suíça, o Doufurspitze, a cabana entrará em funcionamento em março do próximo ano, com capacidade para 120 pessoas. Resta saber quem vai se animar a passar por ali, já que só dá para chegar até lá a pé e depois de uma boa caminhada de mais de duas horas, no gelo.
*Foto: Divulgação/Escola Politécnica Federal de Zurique
*Clube Alpino Suíço
*Escola Politécnica Federal de Zurique