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Se Conselho Fosse Bom

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Coluna semanal de perguntas práticas, sentimentais e existenciais enviadas por leitores da SUPER. Por Karin Hueck

Me ajude, quero trocar meu emprego público por um curso de astronomia! Estou maluco?

As dúvidas existenciais dessa semana discorrem sobre planetas distantes, um vírus misterioso e a felicidade no amor.

Por Karin Hueck Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 set 2024, 11h17 - Publicado em 11 out 2016, 18h16

As dúvidas existenciais dessa semana discorrem sobre planetas distantes, um vírus misterioso e a felicidade no amor.

Tenho 19 anos e moro com meus pais. Há alguns meses passei num concurso público, arranjando assim meu primeiro emprego, com salário relativamente bom. Acontece que meu sonho é ser astrônomo, e na minha região só tem faculdade de física pela manhã, o que seria incompatível com o meu horário de trabalho. Já pensei em pedir exoneração, mas isso frustraria minha família (e eu teria de abrir mão de uma independência financeira que nunca tive). Sinto que se não me tornar astrônomo serei uma pessoa frustrada. O que fazer?
-Apaixonado por estrelas

Me ajude, quero trocar meu emprego público por um curso de astronomia! Estou maluco?

A resposta está na sua pergunta, apaixonado. É muito, muito importante que você não se torne uma pessoa frustrada. Não acho que a expectativa da sua família deveria pesar na sua decisão: ninguém vai passar as próximas décadas na sua pele, afinal. Para a sua escolha não ser tão difícil, matricule-se primeiro em uma faculdade à distância e dedique-se de verdade. Descubra se sua paixão resiste às aulas de cálculo, por exemplo. Quando o seu sonho já estiver mais perto da realidade, não tenha medo de trocar seu emprego por um curso presencial de astronomia. Afinal, nada indica que esse cargo público seja o suficiente para te deixar feliz.

Tenho 33 anos, sou bem-sucedida, de boa aparência, e ainda tenho a expectativa de encontrar algum homem legal para chamar de meu. Minha psicóloga, porém, sustenta que estão faltando homens, pois muitos são gays, e há muitas mulheres, especialmente “oferecidas” no mercado. Ouvir isso me desestimula bastante. É isso mesmo? Como proceder?
– Desesperada

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Me ajude, quero trocar meu emprego público por um curso de astronomia! Estou maluco?

Por favor, por favor, troque de psicóloga. Ela me parece alguém com uma visão de mundo muito antiquada, que não deveria estar tratando ninguém. Não há mais gays no mundo do que antes e o conceito de “mulher oferecida” é dos anos 1950. Não encare as outras mulheres como concorrência – você não quer qualquer homem aleatório, você quer alguém que seja certo para você. Você tem apenas 33 anos e é claro que vai encontrar alguém: são comentários como esses da psicóloga que estão te deixando preocupada.

Peguei HPV de um menino com quem ficava. Fiquei muito brava com ele. Agora estou em tratamento, mas queria saber se preciso contar para os próximos caras que eu ficar sobre a minha doença.
– Injuriada

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O HPV é uma das doenças mais confusas que existem. Ele é sexualmente transmissível (e não só sexualmente), mas não pode ser evitado 100% com o uso de camisinha. O vírus quase nunca é detectável em homens, o que dificulta saber quem foi o transmissor. Estima-se que 25% das mulheres sexualmente ativas no Brasil tenham HPV – e em países onde o exame é feito com mais precisão, o número só aumenta: vai para 30-40%. Em boa parte dos casos, a doença desaparece sozinha. Como disse a personagem Jessa, do seriado Girls, todas as meninas com espírito aventureiro têm HPV – e não tome isso como um xingamento, porque não é. Dito isso, previna-se, use camisinha e, sim, avise os seus futuros parceiros sobre o seu diagnóstico. A melhor coisa que se pode fazer com o HPV é discuti-lo.

Olar. Estou apaixonado por uma amiga, mas como posso sair da friendzone? Semana passada ela me convidou pra ser padrinho do segundo filho dela. Preciso de ajuda.
– Dindo

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Caro dindo
Você não deu muitas informações, então não sei a natureza do relacionamento de vocês. Mas, se ela pediu para você ser o padrinho (e não o pai) do segundo filho dela, é porque tudo indica que ela gosta muito de você e o quer por perto – mas não do jeito que você espera. Infelizmente, não parece que ela está a fim de você.. E mais: se a convivência intensa for muito dolorosa, você pode inclusive dizer que não acha que é a pessoa ideal para ser o padrinho dessa criança, e se afastar.

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