4 curiosidades sobre as Linhas de Nazca
Chega aí, ET
Por Ana Carolina Prado
Tem gente que constrói pirâmide, tem gente que acha que a 42 é a resposta para tudo, tem gente que vai para a Lua e tem gente que constrói desenhos enormes no deserto do Peru. Pois é: acabaram-se os mistérios das Linhas de Nazca. Se alguém achava que as construções eram obras de ETs ou pouso para alienígenas, as descobertas recentes revelam não só que os desenhos foram criados pelos moradores que viveram na região, mas trouxeram à tona curiosidades sobre o povo que viveu ali entre os anos 300 AC e 800 DC. Quer ver só?
1- Alguns daqueles desenhos podiam ser feitos em apenas um dia, se houvesse um grupo grande de trabalhadores. Já os maiores, com mais de 200 metros de diâmetro, levavam um tempo bem maior. As Linhas de Nazca têm formas e tamanho variáveis: mais de 70 representam animais ou figuras humanas, enquanto centenas são linhas ou figuras geométricas.
2- Os Nazca decapitavam pessoas como sacrifício aos deuses: eles faziam isso em rituais religiosos para pedir água e fertilidade. E guardavam as cabeças mumificadas como troféus. Várias dessas cabeças já haviam sido encontradas pelos arqueólogos, mas há pouco tempo foi descoberto um corpo decapitado enterrado de forma cerimoniosa próximo aos desenhos.
3- Não, as linhas não foram feitas por ETs. Não há evidência de nada de outro mundo. Pelo contrário. Na verdade há uma quantidade enorme de evidências de que o povo de Nazca foi mesmo o autor da proeza, como as peças de cerâmica encontradas na região, que tinham os mesmos desenhos das linhas, como o macaco e a aranha. A execução era simples, mas eficiente. Os trabalhadores marcavam as linhas utilizando troncos de madeira, cordas de algodão e pedras.
4- O objetivo das Linhas de Nazca era religioso. Os desenhos mantinham uma relação estreita com a vida e a morte daquele povo. Segundo a arqueóloga Christina Conlee, que estuda o local, os desenhos de animais se relacionavam à fertilidade e à água, preocupações principais de um povo que vivia em uma região desértica como aquela. As formas geométricas provavelmente eram os locais onde as cerimônias sacrificiais e as preces eram realizadas, como um templo a céu aberto.
Essas coisas todas (e outras mais), além do primeiro mapa digital das Linhas de Nazca criado por cientistas, vão ser apresentadas no documentário que o canal National Geographic vai exibir no domingo, dia 14, às 22h. Vai ter reprise no dia 19 de março (sexta-feira), às 22h.
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