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A maldição do Nobel

Por Redação Super
Atualizado em 19 ago 2024, 13h54 - Publicado em 5 out 2009, 14h48

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Alfred Nobel: o cientista sueco que criou a dinamite e o Prêmio Nobel. BUM!

Por Gisela Blanco

 

Começou nessa segunda a entrega do prêmio Nobel 2009. Boa
sorte para os vencedores. Não para os concorrentes, mas para os vencedores mesmo. Afinal, a gente espera que eles não sejam laçados
pela maldição do Nobel. Já ouviu falar? Diz a lenda que depois de receber o
prêmio que é entregue desde 1901 em Estocolmo, na Suécia, muitos escritores,
pesquisadores e ativistas de primeiro escalão acabam perdendo a linha, são
esquecidos pelo público ou até assassinados. Como aconteceu com alguns
ganhadores do Nobel da Paz, que depois nunca mais tiveram… paz. O
presidente do Egito Anwar Sadat, ganhador em 1978, foi assassinado 4 anos
depois. O primeiro ministro israelense Yitzhak Rabin, vencedor em 1994, assassinado após 1
ano.

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Ok, alguém pode argumentar que líderes mundiais que promovem
a paz às vezes são assassinados mesmo, independente de prêmios. Mas a maldição
nem sempre é tão radical: o mais comum é que escritores nunca mais lancem
livros tão geniais quanto os anteriores. Primeiro porque seria muito difícil
alguém ser bom o bastante para ganhar um Nobel a cada ano.

 

Depois, por que muitos deles acabam sofrendo o que os
psicólogos chamam de “medo de palco” – uma ansiedade tão grande em relação à
próxima performance e ao que o público vai pensar que pode paralisar até as
mentes mais criativas. Caso da escritora inglesa Doris Lessing, Nobel de
Literatura de 2007, que no ano passado disse em uma entrevista que
ganhar o prêmio foi um desastre terrível. Ela já tinha 50 livros publicados e
depois do Nobel, perdeu o rebolado. Ela disse que no início foi inacreditável e
maravilhoso, mas que depois de um tempo a sua carreira começou a ser arruinada.
“Tudo que faço é dar entrevistas e ser fotografada”, reclamou.

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Exista mesmo ou não, é claro que a gente é contra a maldição
e deseja tudo de bom para quem ganha o prêmio, que inclui um cheque de cerca de
R$ 2,5 milhões de reais. O primeiro entregue esse ano foi o de medicina, aos
pesquisadores Elizabeth H. Blackburn (Austrália), Carol W. Greider (EUA) e
Jack W. Szostak (Inglaterra), que descobriram como os cromossomos são
protegidos por telômeros e pela enzima telomerase. Nós realmente esperamos que qualquer
zica passe bem longe deles – afinal, a pesquisa que o trio desenvolve em 3
universidades americanas pode ajudar a desvendar o processo de envelhecimento
humano e até ajudar a luta contra o câncer.

 

Então caso você queira reforçar a torcida contra ou a favor
dos ganhadores do prêmio (e quem sabe rezar pelo destino deles depois), aqui
vai uma listinha dos próximos anúncios:

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– Terça (06/10): Física

– Quarta (07/10): Química

– Quinta (08/10): Literatura

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– Sexta (09/10): Paz

– Segunda (12/10): Economia

O anúncio é feito todos os dias de manhã pelo site do Nobel.

Leia também:

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O outro lado do Nobel

Alfred Nobel: da dinamite à paz

Pobre prêmio Nobel

Quando vamos ganhar um Nobel?

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