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Canadense se comunica há 15 anos por mensagens em garrafas jogadas ao mar

Por Tânia Vinhas
Atualizado em 21 dez 2016, 10h36 - Publicado em 29 set 2011, 17h02

Se você está lendo este texto, provavelmente já está acostumado com a agilidade de um e-mail, de uma mensagem de texto ou um serviço de mensagem instantânea. Mas também deve se lembrar que menos de 20 anos atrás, as pessoas levavam semanas para conseguir trocar uma carta. Será que alguém ainda aguentaria esperar todo este tempo hoje em dia? A resposta é sim – e como! Pergunte a Harold Hackett.

O homem de 58 anos mora em Prince Edward Island, Canadá. Em 1996, ele começou a brincadeira de enviar para o oceano várias garrafas com uma mensagem, seu endereço e um pedido de resposta. No total, ele calcula ter enviado umas 4.800 garrafas até hoje. E já recebeu mais de 3.100 respostas.

msg_garrafa

Quanto mais respostas ele recebia, mas garrafas ele lançava ao Atlântico. “Eu nunca sonhei receber tantas respostas”, contou Hackett. “Eu adoro agir da maneira antiga! Recebi cartas do mundo inteiro”.

Até agora ele já recebeu cartas de lugares próximos, como Rhode Island, Maine, Boston, Orlando, New Hampshire, Quebec e Nova Scotia, e de lugares bem mais longínquos, como Islândia, Noruega, Inglaterra, Irlanda, Escócia, África, Rússia, Holanda, França e Bahamas.

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“Cada carta tem uma história“, continuou. “Recebi uma mensagem triste dois ou três anos atrás de uma mulher da Escócia. Os três filhos dela se afogaram em uma tempestade no mar”.

Mas quer saber o que é bem legal? “Eu geralmente recebo uns 150 cartões de Natal por ano destas pessoas, e lembrancinhas, presentes”, disse. “Eu não quero mandar o meu telefone porque se eles pudessem me ligar, eu não receberia as cartas e eu não teria nada para mostrar”. Faz sentido.

“Algumas cartas se perderam por mais de uma década até eu receber uma resposta”, afirmou Heckett, que diz que só pretende parar com as mensagens quando já não puder mais escrever. Vai dizer que na teoria isso não é bem mais divertido que o Facebook e as suas controversas mudanças? São os primórdios das redes sociais!

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Update: Sim, como muitos leitores observaram nos comentários, jogar garrafas no mar não é nada legal para o meio ambiente. A SUPER é contra atitudes que poluem os oceanos e não estamos incentivando ninguém a copiar Hackett (ainda que ele não tenha agido de má-fé). 

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