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Como funciona a terapia genética?

Por Redação Super
Atualizado em 21 dez 2016, 10h37 - Publicado em 22 set 2009, 18h58

Por Gisela Blanco

A falha pode aparecer de surpresa: um tumor ou Mal de Parkinson. Ou vir de fábrica: daltonismo e diabetes, por exemplo. E aí como o seu DNA não tem um botão para reiniciar o sistema, uma opção pode ser mandar seus genes para uma terapia e esperar que eles revejam o mau comportamento. A terapia genética (ou gênica, tanto faz), funciona mais ou menos assim: seu corpo vira um imenso consultório, onde são injetados vírus fabricados em laboratório que funcionam como os analistas, ou simplesmente bons professores. Eles reprogramam os genes para produzir células saudáveis, ou adicionam novos genes às células defeituosas. O seu DNA aprende a ler um novo código levado pelo vírus e passa a fabricar as proteínas certas.

Na última semana, um paciente desse tipo de tratamento ficou famoso: um macaco daltônico que passou a enxergar todas as cores. “O campo é novo, mas têm feito avanços rápidos. Em teoria, podemos reprogramar o código genético para qualquer coisa, afirma a biomédica Eugênia Costanzi-Strauss, pesquisadora do Laboratório de Terapia Gênica do Departamento de Biologia Celular da USP. Então por que ainda não estamos alterando tudo por aí? Imagine mudar seus genes para trocar a cor dos cabelos, por exemplo. Seria o fim da água oxigenada? Não tão cedo: “Em teoria, é possível criar todo tipo de indivíduos transgênicos, como fazemos com os animais. Mas mudanças como a cor do cabelo envolvem uma reprogramação multigênica, extremamente complexa e perigosa”, explica.

Fabricar o vírus terapêutico perfeito também não é tarefa fácil. “Tudo tem que ser cuidadosamente manipulado para que o vetor faça somente a tarefa que você quer e não altere ou destrua outras células”, afirma Eugênia. Não é à toa afinal, que mesmo com todas as pesquisas, ainda não temos no mundo um paciente humano curado com terapia genética. Os casos mais bem sucedidos até agora são os de crianças tratadas para uma deficiência no sistema imunológico conhecida como a doença do garoto na bolha de plástico. O que já é uma grande conquista. Afinal, a deficiência só não foi ruim para o John Travolta, que conseguiu o seu primeiro papel importante no cinema graças a ela.

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Dê uma olhada na lista das outras fortes candidatas à cura pela terapia genética:

•    Daltonismo: uma equipe de pesquisadores das Universidade de Washington e da Flórida anunciou ter curado em macacos a doença genética mais comum em humanos.

•    AIDS e outras deficiências do sistema imunológico: cientistas do hospital Great Ormond Street, em Londres, usaram terapia genética para previnir que a doença do garoto na bolha de plástico se manifestasse no pequeno Rhys Evans.

•    Depressão, obesidade e calvice: pesquisadores americanos, respectivamente das Universidades do Texas, de Berkeley, na Califórnia e da Pensilvânia já conseguiram curar os três males em ratinhos de laboratório. Lembre-se disso da próxima vez que vir um rato feliz, magrinho e cabeludo.

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