PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Descoberta anunciada pela Nasa mostra que a vida como a conhecemos não é a única possível

Por Ana Carolina Prado
Atualizado em 21 dez 2016, 10h17 - Publicado em 2 dez 2010, 17h39

bacteria
Imagem: Science/Reprodução

Nada de ETs: a descoberta anunciada hoje à imprensa pela Nasa envolve um organismo deste planeta, mesmo. É a bactéria GFAJ-1, que, apesar de também respirar oxigênio e consumir açúcar como todos os outros seres vivos, possui a incrível capacidade de sobreviver em meio ao arsênio, substância altamente tóxica. E não é só isso: ela também o incorpora à sua estrutura celular, utilizando-o para funções químicas semelhantes às do fósforo.

Acreditava-se que todos os seres vivos dependiam de carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre, que formam nossos três componentes básicos: DNA, proteínas e gorduras. Mas a bactéria GFAJ-1 mostrou que, em condições extremas, é possível substituir o fósforo pelo arsênio (que é tóxico justamente porque tem uma composição muito parecida com a do fósforo e, por isso, pode tomar o seu lugar nas moléculas do organismo).

A descoberta foi descrita pela cientista Felisa Wolfe-Simon, do U.S. Geological Survey, e comandada pelos astrobiólogos Ariel Anbar e Paul Davies em parceria com a Nasa.

Mono_Lake
Lago Mono, Califórnia

Continua após a publicidade

A bactéria foi encontrada no Lago Mono, na Califórnia (EUA), onde acreditava-se que a vida era impossível por causa da presença maciça de arsênio.

Mas ainda não se conseguiu provar que o organismo é capaz de substituir completamente o fósforo em sua composição. Segundo Paul Davies, o novo Santo Graal da ciência pode ser, agora, encontrar uma forma de vida que tenha essa propriedade.

Ok, o anúncio não é tão legal quanto se tivessem descoberto vida em Marte, mas ainda assim tem uma importância enorme: é uma prova de que a vida como nós a conhecemos não é a única possível. Apesar de a bactéria GFAJ-1 ser terráquea, ela indica que não precisamos procurar vida apenas em lugares que se pareçam com a Terra.

Além disso, os pesquisadores responsáveis pelo estudo acreditam que as descobertas possam ajudar no desenvolvimento de novas fontes de energia renováveis, baseadas em seres vivos que metabolizem o arsênio.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.