Frase da Semana: “Algumas pessoas, acorrentadas pela monotonia, apegadas às certezas…elas vivem como formigas”
O ator Bela Lugosi alcançou a fama graças a um papel: Drácula. A primeira vez que ele encarnou o vampiro foi em 1931, no filme homônimo ao personagem. Desde então, o húngaro viveu (ou “morto-viveu”) o conde em dezenas de aparições no teatro e em outros longas. Mas, além do rei dos sanguessugas, Lugosi também viveu vilões de origem misteriosa e o personagem Frankenstein (papel que fez a fama do seu rival Boris Karloff).
Apesar de sempre aceitar papéis em filmes de terror, Lugosi não gostava de ser taxado como um ator de um gênero só . E isso acontecia porque seu sotaque carregado acabou criando um estereótipo nada bem-vindo. Antes de se tornar um sinônimo de cinema de horror, porém, o ator já tinha uma carreira mais que consolidada no teatro em sua terra natal, onde havia interpretado papéis clássicos e renomados.
Ao fim de sua vida, já viciado em drogas e decadente, só lhe restaram papéis secundários em películas trash. O diretor Ed Wood, conhecido como o pior diretor da história de Hollywood, por exemplo, o chamou para alguns filmes, incluindo o famoso “Plan 9 From Outer Space”. Assim, por bem ou por mal, Lugosi acabou se tornando um ídolo dos esquisitões, dos freaks, dos desajustados. A banda “Bauhaus”, ícone do movimento gótico oitentista, por exemplo, criou a conhecida faixa “Bela Lugosi Is Dead”, quase um hino da galera trevosa.
Talvez não seja exatamente este o legado que Lugosi esperava, mas com certeza ele não era do tipo conformado e que aceitava uma rotina monótona A Frase da Semana ilustra bem a inquietação interna do ator.
Quando morreu, aos 73 anos, Lugosi foi enterrado com seu figurino de Drácula. Não por opção sua, mas por escolha de seu filho e de sua quarta esposa (no total, foram cinco casamentos). Se ele teria gostado desta homenagem, não dá pra saber, mas que o velório deve ter sido uma cena curiosa, isso deve.
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