Frase da semana: “Trocaria toda a minha tecnologia por uma tarde com Sócrates” (Steve Jobs)
Se você acompanhou as notícias que sucederam a morte de Steve Jobs e assistiu ao famoso discurso que ele fez em Stanford em 2005, já deve saber que ele não completou a faculdade. O empresário já havia afirmado que a maioria das aulas não o interessava e muitas das matérias eram bem inúteis. Mesmo sem o diploma, Jobs nunca negou a importância do conhecimento e do aprendizado.
A frase acima é um bom exemplo disso. Ela foi dita durante uma entrevista à revista Newsweek, mais precisamente na edição de 28 de outubro de 2001, que trazia a matéria The Classroom of the Future – uma coletânea de opiniões sobre como seriam as salas de aula no futuro. Este é um trecho da resposta de Steve Jobs:
“Nós estamos vendo as coisas mudarem. Estamos fazendo mais e mais coisas com filmes e DVDs. (…) Achamos que isto é um poder tremendo. Você deveria ver os filmes que as crianças e os professores estão fazendo agora.
Eles fazem filmes para vender uma ideia e liderar um time. Eu posso mostrar a você um filme feito por uma professora de 6ª série e os seus alunos sobre como aprender os princípios da geometria de uma maneira que você nunca vai se esquecer. (…) Quando os próprios alunos estão criando, eles acabam aprendendo. E os professores serão o epicentro disto. Qualquer um que pensa diferente disto nunca teve um bom professor. Eu trocaria toda a minha tecnologia por uma tarde com Sócrates”.
O filósofo ateniense acreditava que precisamos estar abertos ao novo e preparados para quebrar paradigmas. Sócrates dizia, ainda, que devemos despertar o conhecimento que temos em nossa alma. Tudo a ver com a história de Jobs. Depois de deixar os estudos, ele foi para a Índia em busca de iluminação. Desde que retornou, nunca mais abandonou o estilo de vida zen-budista. Mas a relação de Jobs com a filosofia clássica não para por aí.
Platão , cuja obra remete ao pensamento socrático, acreditava na mesma coisa. Esse grande Filosofighter afirmava que, para aprender de verdade, era preciso que o aluno descobrisse tudo através de brincadeiras e jogos.
Não dá para negar que Steve Jobs também pensava assim. Mas e você? Trocaria o seu iPhone para bater um papo filosófico?