Frase da semana: “É melhor morrer por uma ideia que vai sobreviver do que viver por uma ideia que morrerá” – Steve Biko
Quem já assistiu ao filme “Um Grito de Liberdade”, com Denzel Washington e Kevin Kline, deve ter se emocionado com a história de Steve Biko. Se você não viu, tudo bem, continue lendo e vai entender porque escolhemos esta frase.
À semelhança de Nelson Mandela, Biko foi um defensor ferrenho dos direitos dos negros na África do Sul. Na década de 1960, ele se tornou um líder do movimento estudantil e anti-apartheid no país africano, inspirando milhares de pessoas. Mas, obviamente, suas atividades também o fizeram ganhar alguns inimigos. Mesmo assim, Biko continuou se expondo com o objetivo de levantar os oprimidos e fazê-los reivindicar seus direitos de cidadãos e, principalmente, de seres humanos.
Em 1973, quando o apartheid estava em um de seus momentos mais repressores, Biko foi banido de sua terra natal e “deletado” do cotidiano sul-africano: ele estava proibido de discursar e fazer aparições públicas, e o povo não podia fazer qualquer referência ao ativista. E para piorar, ele também não podia sair da região de King William’s Town. Biko era, literalmente, ilegal. Mas isso não o impediu de continuar lutando nas sombras.
Frequentemente, Biko furava as proibições e se reunia com companheiros de causa. E isso funcionava muito bem, até o dia em que ele foi pego. Em agosto de 1977, Biko foi capturado ao tentar cruzar o bloqueio e feito prisioneiro da polícia sul-africana.
Na prisão, passou por tortura e maus tratos, sofreu danos cerebrais por causa de violência e, depois de uma viagem de mais de 1000 km que o levaria a uma prisão-hospital, morreu em decorrência das lesões e privações. Os policiais que o mataram alegaram que ele morreu porque estava em greve de fome. Hoje, ele é um herói nacional.
Deu para entender a escolha da frase que resume bem a vida de Biko, né?
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