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Muito Lego na redação

Por Redação Super
Atualizado em 19 ago 2024, 16h56 - Publicado em 21 set 2011, 18h30

A partir de setembro, o blog daGaveta, que fala dos bastidores das matérias e infográficos e do cotidiano na redação da SUPER, muda de casa. Agora ele está no Superblog, em que nossos jornalistas e designers trazem curiosidades e tendências do mundo todo. Inclusive de dentro da redação.

As estatísticas da empresa e o próprio senso comum afirmam: Lego é um brinquedo de menino, majoritariamente. Mas aqui a brincadeira não foi limitada por gênero. Ninguém na redação da SUPER passou batido pelos tijolinhos. Desde que começamos a fazer a reportagem “Como os Fãs Salvaram a Lego”, da edição de setembro da revista, estagiário, designers, editores, diretor de redação e diretora de núcleo soltaram comentários como “eu era viciado”, “é muito fofo”, “oin” e até “deu saudade ao ver esses bonequinhos na mesa, vamos brincar?”. Com a Renata Miwa e eu, que fizemos a matéria, o impacto foi maior. Brinquei muito de Lego na infância, adorava os castelos e piratas. Cresci, mamãe doou todos meus sets e desde então vinha me limitando a admirar as minifiguras amarelas do outro lado das vitrines de loja de brinquedo. Até começar a apuração e entrar em contato com os afols, os fãs adultos de Lego. Gente crescida, com trabalho, família e vida social, que tem como hobby colecionar tijolos e mais tijolos de plástico.

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A reportagem da revista mostra como a Lego se reinventou ao abrir as portas à inventividade dos fãs (e ela nunca esteve tão bem, financeira e criativamente). Durante a apuração, um simples diálogo mostrou como essa relação empresa-público parece estar azeitada. Quando perguntei a Robério Estebes, porta-voz da Lego no Brasil, se ele tinha algum contato do embaixador do fórum LUG Brasil (espécie de fã-clube oficial da marca), ele riu e falou: “mas é claro, o Wagner está sempre conosco.” Quando me encontrei com Wagner Cavalli, o atual representante dos fãs junto à Lego, ele confirmou a proximidade do fórum com a empresa. “Eles nos ouvem”, resumiu, durante a conversa, em que se via a clara paixão que esses afols têm pelo brinquedo.Para o design da matéria, após várias reuniões em que buscávamos fugir da ideia manjada de usar os próprios tijolinhos de Lego, a Renata pensou em algo que mostrasse claramente as duas fases por que a empresa passou retratadas no texto. Chamamos carinhosamente de “Lego numa pior” e “Lego na Europá”, assim mesmo com acento, em homenagem ao possivelmente melhor meme do ano (Luisa Marilac. Se AINDA não viu, corre no YouTube). A maneira mais clara para mostrar isso seria na própria cara da empresa: as minifiguras. Tristonhas e sem identidade na primeira dupla de páginas e alegre e com mais elementos do brinquedo na segunda dupla.

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A assessoria de imprensa da Lego gentilmente nos emprestou 16 bonequinhos para a produção de fotos (o que fez a alegria de todos na mesa vermelha da SUPER). Logo de cara, a evolução de caracterização das minifiguras nos surpreendeu. Palhaço, médica, mágico, skatista, mergulhador, astronauta…. Eles tinham caras mais específicas, o que casou perfeitamente com uma das ideias apresentadas na matéria: customização. Hoje em dia, você pode desenhar seu próprio Lego, fazer a caixa e encomendar.

Para a produção, a Renata enviou por e-mail ao fotógrafo Alex Silva um estudo de layout e a referência de como ela imaginava a luz para a foto. No estúdio, os dois resolveram fotografar cada minifigura separada – o que foi ótimo, porque do  primeiro layout enviado para ele até o que foi realmente publicado, a disposição dos bonequinhos mudou bastante. Foi possível trocar de lugar e deixar os bonequinhos por toda a página de abertura da matéria.

Depois, fotografamos as imagens para uma pequena animação em stop motion, usada na versão para iPad da revista. Foram 28 fotos finais, fora as que não foram usadas na animação.

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Stopmotion da matéria Como os fãs salvaram a lego

E, por fim, fizemos um post para o Superblog, um para o Superlistas, um jogo da memória e uma promoção em que você mesmo cria um Lego inspirado em qualquer matéria da SUPER. Juntamos revista, site e ipad para fazer uma das mais bem acabadas reportagens multiplataforma da SUPER.

E, no fim das contas, nós acabamos hipnotizados por Lego, como na infância. A Renata comprou minifiguras do Harry Potter e da Princesa Leia, de Star Wars, e eu, que nem sou muito chegado em Guerra nas Estrelas, comprei uma nave da série. Trouxemos os novos brinquedos à redação, como você pode ver no próximo post.

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