NASA divulga detalhes sobre a queda do satélite e avisa: vem mais um por aí
A NASA divulgou neste terça-feira mais informações sobre o local atingido pelo satélite de 6,5 toneladas que caiu na Terra na última sexta-feira. Mas também informou que ainda não conseguiu recuperar nenhum pedaço dele (talvez nunca recupere, vale dizer). O satélite UARS caiu no Pacífico Sul, a noroeste da América do Norte, a 14,1 graus de latitude sul e 189,8 graus de longitude leste (se você está geograficamente perdido, lembre-se que a Terra é um globo). Ele entrou na atmosfera da Terra em algum ponto por cima da Samoa Americana, na Polinésia, mas seus fragmentos só foram atingir a superfície do oceano cerca de 480 km a nordeste. Segundo os cientistas, esse foi um lugar ideal para o satélite cair, já que é uma parte muito remota e pouco habitada do planeta. A hora exata em que ele atingiu a Terra foi às 4h01 GMT (ou 1h01 de Brasília).
Mapa divulgado pela NASA indica área onde os restos do satélite podem ter caído. Imagem: PC Mag.com
No sábado, cientistas haviam dito que era possível que alguns fragmentos tivessem caído no noroeste do Canadá (e surgiram várias pessoas jurando que haviam visto objetos estranhos no céu), mas a NASA disse que seus cálculos mais recentes indicaram que o satélite caiu alguns minutos mais cedo do que eles pensavam. A diferença foi pequena, cerca de 10 ou 15 minutos, mas isso já alterou totalmente a localização da queda porque o satélite estava caindo bem rápido.
Apesar de a maioria das peças do satélite ter provavelmente pegado fogo ao entrar na atmosfera terrestre, estima-se que cerca de vinte partes de metal caíram sobre uma extensão de 800 km da Terra.
O Satélite de Investigação de Alta Atmosfera (UARS, em inglês) foi lançado em 1991 para medir os efeitos da poluição na atmosfera e a evolução das alterações climáticas e deixou de funcionar em 2005.
Vem mais por aí
Mas se prepare por que o UARS não será o único satélite a cair na Terra este ano, não.
O satélite de astronomia alemão ROSAT, lançado em 1990 e desativado oito anos depois, deve cair na Terra em fins de outubro ou no início de novembro. Embora ligeiramente menor que o UARS (ele pesa cerca de 2 toneladas e meia), esse satélite deverá ter mais peças capazes de sobreviver à entrada na atmosfera terrestre sem se queimar: cerca de 30, segundo a agência espacial alemã.
Segundo essa agência, as chances de alguém em algum lugar na Terra ser atingido pelo satélite é de 1 em 2.000 – um nível ligeiramente superior ao do satélite da NASA, que era de 1 em 3.200.