Responsável pelas redes sociais na campanha de Obama afirma que o número de usuários de um serviço não determina seu sucesso
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Por Ana Carolina Prado
O responsável pelas estratégias nas redes sociais e móveis
da campanha de Barack Obama, Scott Goodstein, esteve na Campus Party na quarta,27,
para falar sobre o uso político das redes sociais. Goodstein falou à SUPER que
gostaria de participar das eleições brasileiras, mas que ainda não há nada
certo. Há expectativa de que ele coordene a área na campanha de Dilma Rousseff
ao Planalto em 2010.
Em sua palestra na Campus Party, o marqueteiro digital
procurou mostrar que as redes sociais não são boas apenas para fins políticos,
mas também para divulgar idéias e causas – ele mesmo não trabalha apenas com
política, e se envolve em várias “batalhas”, como campanhas contra o suicídio.Esse
tipo de estratégia cria a sensação de se estar conectado e mais próximo às
pessoas, e isso é positivo para políticos, empresas e artistas, porque os
envolve e motiva o engajamento.
“Não ter medo de experimentar” foi o grande tema defendido
por Goodstein. E o uso do Twitter se encaixa aí: quando fizeram a estratégia da
campanha de Obama, eles não sabiam se daria certo. Até porque, não eram muitos
os que conheciam o serviço de microblogging, mas funcionou. O que nos leva à
segunda regra: o número de usuários de um serviço não determina seu sucesso. Como
a gente nunca tinha pensado nisso, não é? E daí surge mais uma mensagem
relevante: o que importa nesse marketing digital é atingir pessoas-chave que
possam repassar a mensagem a outros usando seus próprios meios.
É por isso que esse tipo de estratégia pode funcionar no
Brasil, mesmo com uma parcela pequena da população sabendo usar Facebook,
Twitter e afins. (Pausa para um comentário campuseiro: Twitter não é
unanimidade nem entre os nerds ligados da Campus Party. Vários deles não tinham
uma conta lá e diziam, envergonhados, que logo fariam uma).
Os políticos brasileiros já estão mais “digitais” e isso é
importantíssimo porque, como diz Scott, não basta investir apenas em propaganda
pela televisão. “As pessoas não se sentam mais diante da TV quietas e com
atenção como faziam há cinco anos. Elas estão falando nos seus telefones,
acessando o e-mail, visitando websites”, defende.
E atenção políticos que ficam twittando várias vezes ao dia
sobre assuntos menos importantes e ganharem fama de desocupados: podem sorrir. O
marqueteiro digital do Obama defende você e diz: “Depende de cada um. Se ele
trabalha e faz o que tem que fazer, qual o problema de usar o serviço também
para fazer piada ruim e falar de futebol?”, brinca.