Tem um robô na redação da SUPER
Lembra quando Sheldon criou uma versão robótica de si mesmo em The Big Bang Theory? No início da quarta temporada da série, o robô de telepresença interagia com os outros personagens e até usava roupas parecidas com as do Dr. Cooper. Refresque a memória com o vídeo abaixo (está em inglês, mas dá para ter uma ideia):
Parece ficção científica. Mas está acontecendo uma coisa muito parecida neste momento na redação da SUPER. O editor Bruno Garattoni (que também escreve no blog Re:bit) está experimentando a tecnologia de telepresença para escrever uma matéria sobre o tema para uma das próximas edições da revista. Funciona assim: o Bruno está trabalhando em casa e uma versão robótica dele está marcando presença aqui, no meio dos outros editores, repórteres e designers. Olha só:
Hoje de manhã, quando o robô começou a se movimentar, todo mundo parou o que estava fazendo para prestar atenção. Ele deu uma volta pelo andar e chamou atenção das outras redações.
Bati um papo com o Bruno-robô para tirar umas dúvidas sobre a matéria que o Bruno-editor está escrevendo. E, olha só, no início, é bem esquisito falar com o robô. Mas logo você se acostuma. Até porque não é muito diferente de falar com alguém pelo Skype. A diferença é que o robô anda. Veja só (ignore a falta de habilidade deste repórter com a câmera do celular):
Bruno controla os movimentos do robô lá da casa dele, pelas setas do teclado. E as imagens chegam até a redação via webcam mesmo.
O robô de telepresença que o Bruno está usando é a evolução de um projeto de conclusão de curso de um grupo de alunos de engenharia da computação da Universidade São Judas Tadeu, aqui de São Paulo. O projeto apresentado em 2011 foi tocado por Igor Radames, Felipe Rodrigues, Fernando Rego, Fernando Sardinha e Rafael Franco.
Segundo Radamés, a ideia surgiu a partir de uma notícia publicada na internet. O texto contava a história de um funcionário de uma empresa de tecnologia americana que, num dia de preguiça, adaptou um robô para buscar um lanche na lanchonete da esquina por ele. A inspiração foi a preguiça, mas o projeto ganhou ares bem mais nobres nas mãos dos brasileiros. “A ideia do robô era prover acessibilidade para pessoas com dificuldades de locomoção”, conta Igor Radames.
“Para construir o robô, usamos tecnologia e componentes que podem ser encontrados facilmente”, diz Radames. Uma das peças da primeira versão, inclusive, era uma bateria de moto.
Você pode ler mais sobre telepresença na matéria do Bruno que vai sair na revista. Por enquanto, nós do site garantimos: o futuro já chegou.