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5 chefões inesquecíveis de jogos de videogame

Por Redação Super
Atualizado em 3 set 2024, 10h10 - Publicado em 31 jul 2014, 19h40

Por Fernando Mucioli

 

Um chefão marcante é um ingrediente bem importante na receita do sucesso de um game. Afinal, é com as partes mais difíceis da jornada que a gente aprende. Quem não se lembra de pegar o machado e tirar a ponte dos pés de Bowser no fim de cada castelo em Super Mario, ou dos alienígenas gigantes de Contra?

Mas não é exatamente dos vilões mais difíceis ou dos mais populares que a gente vai falar hoje. É daqueles que elevam a categoria dos chefões a outro nível: o fator surpresa. Separamos cinco dos vilões que mais mexeram com o imaginário dos jogadores através da história. Dá uma olhada na seleção:

 

1. Jack Krauser (Resident Evil 4, 2005)

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Resident Evil 4 estabeleceu ou popularizou muitas das regras do gênero de tiro usadas até hoje. Uma delas são os QTE, Quick Time Events – aquelas sequências em que você precisa apertar os comandos que aparecem na tela o mais rápido possível antes que algo terrível aconteça. O primeiro deles acontece bem no começo do jogo, quando o herói Leon Kennedy precisa escapar de uma pedra gigante. Mas os QTE aparecem durante toda a experiência. Tudo para que o jogador prepare sua mente (e seus dedos) para um dos confrontos contra Jack Krauser.

O duelo acontece já em uma parte bem avançada da história do game e é conduzido quase que completamente através de Quick Time Events – que é o que o torna tão especial. Krauser e Leon se enfrentam apenas com suas facas afiadas, trocando amenidades depois de anos sem se falar, quando de repente surge um comando na tela e – BAM – você precisa seguir o que aparece sob o risco de ter a lâmina fria do seu inimigo enfiada no pescoço.

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A batalha contra Krauser é um marco não só pela forma com que conduz a dificuldade, mantendo o jogador tenso, mas como mistura, como poucos outros games, narrativa e jogabilidade em uma cena só. Durante a batalha, aliás, não dá para distinguir o que é uma coisa e o que é outra.

 

2. Ornstein & Smough (Dark Souls, 2011)

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A série Souls está repleta de chefes notáveis, mas a dupla de guerreiros que guarda a câmara da Princesa do Sol na cidade de Anor Londo certamente fica no topo deles.

A beleza desse encontro começa antes mesmo de as primeiras espadas serem tiradas das bainhas: a peregrinação para a cidade dos deuses encerra o segundo grande ato de Dark Souls. Isso depois de o jogador ter tocado os dois Sinos do Despertar, no topo da torre e nas profundezas do pântano, e ter passado pelas armadilhas e passadas estreitas de Sen’s Fortress.

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E ao final de outra jornada árdua, o prêmio é um confronto de arrepiar: dois gigantes de armaduras douradas. Um pesado e com um martelo gigante, outro ágil e portador de uma lança, trabalhando em conjunto com ataques de curta e longa distância para fazer da sua vida um inferno. Essa batalha é o teste final que o jogo dá para saber se você aprendeu todas as habilidades que tinha que aprender até então – tempo de ataque, esquiva, escolha de armaduras, tudo – para que você esteja preparado para a reta final do jogo.

Isso tudo, combinado com a excelente trilha sonora do game, torna o encontro inesquecível. Dica: tente derrotá-los sozinho, sem chamar ajuda, pelo menos da primeira vez.

 

3. The End (Metal Gear Solid 3: Snake Eater, 2004)

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Praticamente qualquer chefe da série Metal Gear Solid poderia estar nessa lista, de Psycho Mantis ao duelo final entre Liquid e Solid Snake em MGS 4, mas vamos ficar com um dos duelos mais interessantes da franquia, que acontece em Metal Gear Solid 3: Snake Eater.

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The End é um atirador de elite de idade avançada e sua estratégia consiste em permanecer imóvel, camuflado em meio à vegetação, enquanto acerta você, um tiro por vez. Snake, por outro lado, precisa vagar em meio a um conjunto de cenários e descobrir onde o inimigo está para tentar – TENTAR – contra-atacar. Se você chegar perto demais e de forma descuidada na posição de The End, ele vai fugir e a caçada começa do início.

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A batalha não é interessante simplesmente por ser um teste de paciência de ambas as partes – mas também porque abre diversas possibilidades ao jogador. Você pode competir com ele para ver quem é o melhor atirador. Pode se esgueirar, moita após moita, até surpreendê-lo pelas costas – podendo matá-lo ou só paralisá-lo com tranquilizantes. Ou pode, em uma jogada típica do designer Hideo Kojima, simplesmente esperar que ele morra de velhice depois de alguns dias do mundo real. Se você fizer isso, prepare-se para receber uma bronca da próxima vez que carregar seu jogo salvo.

A genialidade do design de chefes de Metal Gear Solid não para por aí. Se você quer ver grandes inimigos que nunca vão aparecer em outros lugares, dê uma chance a essa franquia.

 

4. Balrog, Vega, Sagat e M.Bison (Street Fighter II, 1991)

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Poucos chefes impuseram mais respeito nos filhos dos fliperamas do que os quatro últimos lutadores do clássico Street Fighter II.

O jogo de luta da Capcom lançado em 1991 foi um marco, diferente de tudo o que tinha sido visto até então. Oito lutadores com designs e mecânicas únicas (ainda que Ken e Ryu fossem praticamente iguais), cenários próprios, músicas, combos e magias. Muito tinha mudado desde o precário Yie Ar Kung Fu, do NES. No fim de uma experiência épica pelos quatro cantos do globo, o jogador enfrentava os quatro chefes.

Balrog, Vega, Sagat e M.Bison não eram simples lutadores – eram carrascos. Combatentes muito mais poderosos (pelo menos na nossa percepção de jogador) do que os outro oito “Guerreiros Mundiais” e classificados por muitos com a temível alcunha de “apelões”. Essa noção ganhava ainda mais força pelo fato de que não era possível controlar nenhum deles, alimentando a imaginação dos jogadores e criando espectativas selvagens sobre seus poderes.(A Capcom só decidiu torná-los jogáveis na versão Champion Edition, de 1992.)

A magia dos quatro chefes de Street Fighter II é marca de uma época. Mas ela não se perdeu, mesmo que os anos tenham passado e eles, se tornado personagens tão comuns quanto os outros nas versões mais recentes do game. Faça a experiência: abra a versão original de Street Fighter II e tente chegar até o final.

 

5. Shadow of the Colossus (2005)

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O clássico do diretor Fumito Ueda para PlayStation 2 levou o conceito de batalha contra chefes à perfeição – o jogo é praticamente uma ode a esses confrontos históricos.

Nele, você controla Wander, jovem aventureiro que precisa desbravar um grande mundo isolado em busca de 16 gigantes. A ideia é que, depois de matar essas criaturas, ele conseguiria reviver sua amada. Pode-se dizer que Shadow of the Colossus não é um jogo com fases e chefes, e sim um jogo em que as fases são os próprios chefes.

Antes de cada uma das batalhas, é preciso descobrir onde está o gigante e estudá-lo bem. Ele anda, nada ou voa? Que caminhos ele faz? Como se comporta? É seguro se aproximar? Onde parecem estar seus pontos fracos? Qual porção do cenário eu posso usar ao meu favor nessa batalha? Só depois de considerados todos esses pontos e criado um plano de ação é que a luta começa de verdade.

A transição da exploração para as lutas contra as monstruosidades do game é a passagem de um quebra-cabeça para outro: um que desafia a sua mente a outro, que desafia os seus dedos e sua resistência mental. Depois de conseguir se agarrar a um dos membros dos gigantes, é preciso escalá-los até descobrir onde estão seus pontos fracos, para só depois usar a sua espada e desferir os golpes de fato. E não são raras as situações em que o tranco é forte demais, fazendo com que você caia no chão e tenha que executar a sua estratégia novamente, do zero.

Todas as batalhas de Shadow of the Colossus são inesquecíveis seja pelo design, dificuldade, visual ou trilha sonora – e o final, após a morte do último gigante, é daquelas coisas que cortam o coração.

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