Por Luiza Antunes
É assustadora a quantidade de casos de serial killers que se alastram pelo mundo. São pessoas com alguns transtornos de personalidade, capazes de cometer vários assassinatos ao longo de meses ou anos. Não há como prever o surgimento de uma pessoa capaz de tais atrocidades, assim como, às vezes, é difícil explicar o motivo para tamanha sede de sangue. O problema é que eles e elas existem, em diversas classes sociais e idades. Descubra ou relembre algumas histórias de serial killers pouco conhecidos.
1. Dorothy Puente
Dorothy Puente foi uma serial killer americana condenada por matar idosos, bêbados e deficientes mentais. Dorothy era uma senhora idosa, dona de uma pensão e, ao longo dos anos, foi matando as pessoas que moravam no local. Ela falsificava as assinaturas das vítimas nos cheques do seguro social para receber todo o dinheiro que era enviado. Com isso, conseguia manter um estilo de vida luxuoso, com roupas caras, perfumes e até cirurgias plásticas.
Ela não permitia que os moradores chegassem perto do telefone e confiscava as cartas que eram enviadas. No total, Dorothy Puente foi acusada de matar nove pessoas e enterrar os corpos em seu jardim – em um dos casos, ela cortou as pernas e braços de um idoso, colocou numa caixa e jogou num rio. Ela foi condenada à prisão perpétua e morreu na cadeia em 2011, por causas naturais.
2. Beverley Gail Allit
Beverley Gail Allit é uma serial killer britânica, também conhecida como “Anjo da Morte”. Ela trabalhava como enfermeira da ala pediátrica de um hospital. Em 59 dias, no ano de 1991, ela matou quatro crianças e deixou outras cinco correndo risco de morte. Ela administrava grandes doses de insulina ou de ar nas crianças. Somente quando a quarta menina morreu que a equipe médica passou a suspeitar de tantos ataques cardíacos na ala infantil e a polícia foi chamada. Allitt era a única enfermeira trabalhando quando os ataques ocorreram.
Ela foi julgada por 4 assassinatos e 11 tentativas de assassinatos. Acabou sendo condenada a no mínimo 30 anos de prisão, num hospital psiquiátrico.
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3. Minnie Dean
Minnie Dean era uma escocesa que se mudou para a Nova Zelândia por volta de 1860. Foi lá que ela cometeu seus crimes e acabou sendo a primeira, e única, mulher a ser condenada à morte na história do país. Ela ganhava dinheiro com um serviço comum na época: adotar crianças indesejadas, frutos de gravidez fora do casamento. Assim, as mães, em geral jovens mulheres pobres, pagavam a Minnie um montante fixo semanal para que ela cuidasse das crianças. Supõe-se que ela era responsável por até nove crianças por vez.
O problema é que essas crianças começaram a morrer ou desaparecer completamente. Como mortalidade infantil era um problema sério na época, inicialmente Dean não foi responsabilizada pelas mortes, mas rumores sobre maus-tratos começaram a circular na região. Com o sumiço de um bebê, as autoridades investigaram a casa de Dean e encontram três corpos enterrados no jardim, mortos por asfixia e overdose de sedativos. Ela foi acusada de assassinato e enforcada.
4. Jack Unterweger
Jack Unterweger é um austríaco que, em 1974, foi condenado por assassinar uma mulher estrangulando-a com seu sutiã. Foi condenado à prisão no mesmo ano e parecia estar se recuperando durante o período de confinamento: escreveu poesias, uma autobiografia e até livros infantis. Em 1990, quando foi solto, Unterweger ganhou fama relativa com seu trabalho como escritor: suas histórias infantis foram adaptadas para o rádio e sua autobiografia virou um best-seller e foi transformada em filme.
Tudo parecia ir bem, até que prostitutas começaram a aparecer mortas em diferentes cidades, todas estranguladas com a própria roupa de baixo. Em todos os casos, Jack estava na cidade, mas a polícia não tinha provas sólidas contra ele. O número de mulheres assassinadas já chegava a oito. Em 1991, uma revista contratou Unterweger para escrever uma matéria comparando o trabalho de prostitutas na Europa e nos Estados Unidos. O resultado dos 5 meses dele em Los Angeles foram três mulheres estranguladas com seus sutiãs. Finalmente, uma ação conjunta do FBI com as autoridades austríacas conseguiu prender Unterweger e extraditá-lo para seu país de origem. Em 1994, ele se enforcou com o cadarço de sapatos em sua cela na prisão.
5. Myra Hindley e Ian Brady
Myra Hindley e Ian Brady são um casal britânico responsável por uma série de assassinatos nos anos 60. O caso é conhecido como “Moors murders”, por causa do local onde as vítimas foram encontradas. Eles sequestraram, estupraram, torturaram e assassinaram três crianças e dois adolescentes. O plano dos dois era executar um crime perfeito. Myra atraía os jovens oferecendo carona e os levava para um descampado, onde Ian cometia os crimes e enterrava os corpos. Eles só foram pegos porque o cunhado de Hindley testemunhou o último assassinato e contou para a polícia. Os assassinos haviam fotografado os momentos de tortura das duas últimas vítimas, o que serviu como evidência para a condenação do casal. Eles foram condenados à prisão perpétua.
6. Huang Yong
Huang Yong foi condenado por matar pelo menos 17 homens jovens entre 2001 e 2003 na China. Existem suspeitas que ele matou pelo menos 25 pessoas, mas não há confirmação. Ele perseguia as vítimas em “internet cafés” ou “lan houses” e oferecia a eles trabalho com bons salários e bolsas de estudo. Uma vez chegando à casa de Yong, as vítimas eram drogadas, estupradas e mortas por estrangulamento com uma corda. Em 2003, um menino de 16 anos conseguiu escapar e o denunciou à polícia. Huang foi condenado à morte e executado em dezembro do mesmo ano.
7. Jeffrey Lionel Dahmer
Jeffrey Lionel Dahmer foi condenado nos Estados Unidos por matar 15 pessoas entre 1978 e 1991. No verão de 91, antes de ser preso, Dahmer chegou a matar um jovem por semana. Quando a polícia entrou no apartamento dele, descobriu um cenário de terror: pedaços de cadáveres em vasilhas de ácido, cabeças na geladeira, crânios num armário e um altar. Ele sequestrava, drogava, estuprava e matava suas vítimas. Depois, comia os corpos e usava os restos para praticar necrofilia e outras coisas terrivelmente bizarras. Em 1992, ele foi condenado a 957 anos de prisão e morreu assassinado por outro preso, dois anos depois.
8. Dwain Lee Little
O primeiro assassinato cometido pelo americano Dwain Lee Little aconteceu quando ele tinha apenas 13 anos de idade. Ele estuprou e matou uma jovem de 16 anos. Por isso, foi condenado à prisão perpétua em 1966, mas depois de completar a pena mínima, de 8 anos, foi libertado. Pior ideia da história. Poucos meses depois de sair da prisão, Little sequestrou uma família num camping e matou todos: pai, mãe, um bebê e um menino de 5 anos. A polícia só encontrou os corpos meses mais tarde: a mulher e as duas crianças numa caverna, com marcas de balas, e o homem morto amarrado numa árvore.
Como a polícia só tinha provas circunstanciais contra Little, ele não foi condenado por esse crime. Porém, como ele estuprou, esfaqueou e tentou assassinar uma mulher alguns anos depois, ele foi condenado novamente à prisão perpétua. Depois de preso, ele acabou confessando o assassinato da família.
9. Carl Eugene Watts
Carl Eugene Watts foi um serial killer americano conhecido como “The Sunday Morning Slasher”. Ele atuou em diversos estados americanos, mas a maioria das mortes atribuídas a ele vem de Michigan e Texas. Watts chegou a afirmar que matou 40 mulheres e a polícia suspeita que ele chegou a ferir mais de 80 vítimas. Porém, devido a acordos e questões técnicas, ele não foi acusado de assassinato no seu primeiro julgamento, em 1982, no Texas, e quase foi liberado em poucos anos.
Isso porque, ao longo dos oito anos que Watts assassinou mulheres, ele utilizou diferentes métodos, como esfaqueamento e estrangulamento, e a promotoria não acreditava ter provas suficientes para condená-lo. Mas as autoridades de Michigan não concordaram com os acordos e conseguiram encontrar testemunhas para o assassinato de duas mulheres nesse estado. Com isso, Carl Eugene Watts foi condenado à prisão perpétua em 2004.