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5 mitos sobre extraterrestres que os filmes ensinaram a você

Alienígenas estão na moda. Com a humanidade às portas de uma nova Era Espacial, os exoplanetas conhecidos somando milhares, e algumas bizarrices estrelares dando o que falar, muita gente séria acredita que vamos topar com vida lá fora a qualquer momento. Modas vêm e vão. ETs têm sido pop desde, pelo menos, o final do […]

Por Fabio Marton
Atualizado em 4 set 2024, 11h19 - Publicado em 9 set 2016, 21h53
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Alienígenas estão na moda. Com a humanidade às portas de uma nova Era Espacial, os exoplanetas conhecidos somando milhares, e algumas bizarrices estrelares dando o que falar, muita gente séria acredita que vamos topar com vida lá fora a qualquer momento.

Modas vêm e vão. ETs têm sido pop desde, pelo menos, o final do século 19, quando a descoberta de “canais” em Marte pelos astrônomos (na verdade, eram antigos cursos de água naturais) deu origem a clássicos como A Guerra dos Mundos.

Desde então, surgiu toda uma mitologia moderna sobre o espaço. Veja a seguir alguns clichês sobre alienígenas que não se sustentam.

 

1. Eles podem ter chegado no passado – e influenciado a história

A gente vem cavoucando o passado do planeta há séculos e nada do que achou indica a presença de alienígenas nos mais de 4 bilhões de anos de existência da bolinha azul. Ou eles nunca vieram ou tiveram a consideração de não largar para trás uma garrafinha d’água que fosse. Por tudo o que sabemos, visitantes do espaço pertencem firmemente ao campo das teorias da conspiração.

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E existe uma boa razão para acreditar que, mesmo existindo, eles nunca vieram. A mesma que explica que a cada dia aumenta a chance deles acharem a gente.

Veja só: por quase toda a história, a presença humana na Terra era praticamente invisível para possíveis civilizações na galáxia. Nenhuma estrutura humana – não, nem a Muralha da China – podia ser percebida do espaço. Mas isso mudou há pouco mais de um século, quando a gente começou a usar rádio. As transmissões vão parar no espaço – nós mesmos temos caçado os top hits alienígenas desde os anos 1960.

Isso significa que existe uma bolha de visibilidade humana por rádio, que hoje tem pouco mais de 100 anos-luz de raio – já que o rádio viaja à velocidade da luz, e, em 100 anos, está a essa distância. E essa bolha aumenta a cada ano, conforme nossas transmissões antigas viajam. Se há uma civilização na Via Láctea, um dia ela vai perceber a gente.

O que eles farão com essa informação é outra história…

 

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2. Eles viriam em guerra (ou paz)

Ninguém menos que Stephen Hawking falou que tem medo dessa bolha de rádio. Se eles nos verem, virão, e suas intenções não serão boas.

Faz sentido, por um lado. Hawking comparou a situação dos aliens nos achando com a descoberta da América. Nós, em desvantagem tecnológica, somos os índios. Os espanhóis são os ETs. Sabemos como isso termina.

Mas o grande astrofísico se esquece que essa não foi a única vez em que índios foram contatados. As ideias avançam. No século passado, o Marechal Rondon já dizia: “morrer se preciso for, matar, nunca!”. É meio implausível uma civilização supervançada com os valores da Espanha do século 16. Os aliens antropólogos, como os daqui, não estariam interessados nem em compartilhar a tecnologia, impondo seu modo de vida, nem em nos conquistar.

Mesmo se existirem nazistas do espaço, há a questão de por que diabos eles estariam interessados em nos conquistar. Poderiam tentar nos escravizar – mas escravidão e tecnologia não combinam: por aqui, a Revolução Industrial data da mesma época do fim da escravidão, e Roma nunca foi para o espaço porque tinha escravos. Além do mais, para que alguém que tem robôs para trocar o rolo de papel higiênico precisa de escravos?

Também já se falou muito em levarem nossa água – mas água, descobrimos faz pouco tempo, é uma das coisas mais comuns no Universo. E minerais terrestres também não são raros: lá fora tem planeta desabitado em que chove diamante.

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Sobra o petróleo, que depende de vida para existir. Aí pega. Será que eles nos acusariam de esconder terroristas e armas de destruição em massa?

 

3. Eles seriam algum tipo de humanoide

Essa os filmes fazem o tempo todo. Pode ser por falta de orçamento, preguiça ou a necessidade de fazer o público se identificar com os alienígenas – porque a maioria das pessoas acha mais fácil empatizar com um furry com cabelo USB que num monstro de tentáculos.

Vamos descartar elfos com cabelo de tigela. O alien clássico, estilo Roswell, de começo parece plausível: os olhos, a pele, as proporções, nada parece muito humano. O fato de ser, ainda assim, humanoide, se explicaria pela evolução convergente: se uma espécie civilizada evoluiu, seria mais ou menos parecida com a gente. Teria que ser bípede, porque precisaria mãos para tocar a buzina da nave.

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Bípepede pode ser, mas não como a gente. Aqui na Terra, a postura ereta só surgiu uma vez, no nosso exato tronco da árvore evolutiva, com um único sobrevivente. Todos os outros bípedes, por evolução convergente, tem um desenho como o das aves, dinossauros e cangurus: equilibrados pelo meio do corpo e contrabalançados pela cauda.

Mas o bipedalismo é desnecessário: animais como o guaxinim, o rato e os outros primatas andam de quatro, mas ainda são perfeitamente capazes de manipular coisas. E tem também o elefante, que nem precisa usar as patas – e é bem esperto, aliás.

 

4. Eles teriam um cabeção

De novo, o ET cinza clássico. Ele tem um cabeção porque, sendo tão mais avançado que a gente, ele iria precisar um baita cérebro para operar suas ultracomplexas sondas de cavidade corporal.

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Vai aqui um fato constrangedor: evolução tecnológica não bate com evolução biológica. Desde que paramos de caçar mamutes a pedradas, nosso cérebro vem encolhendo – o equivalente a uma bola de tênis em comparação com 20 mil anos atrás. Os cientistas discutem se isso quer dizer que estamos ficando mais burros. Para alguns, estamos mesmo. O mundo civilizado seria menos exigente em matéria de habilidades mentais que a Idade da Pedra.

A evolução é brutalmente eficiente: se um cérebro gigante e gastador de energia não é mais necessário, ele será dispensado. O que conta não é quem é mais esperto, mas deixa mais filhos. Estilo Idiocracia.

 

5. Eles viriam em pessoa

Se a evolução não tornou os aliens mocorongos demais para operarem discos voadores, ainda assim não há motivo para arriscarem seus frágeis corpinhos numa viagem espacial. A gente – e, provavelmente, qualquer outra espécie inteligente – é muito mal adaptada ao espaço. Atravessar a rua para Marte já seria suficiente para a radiação cósmica fritar o cérebro dos astronautas. E isso sem contar o ridiculamente longo prazo de uma viagem interestelar: a não ser que existam wormholes ou outro jeito de superar a velocidade da luz, poderia levar séculos.

Provavelmente os aliens fariam como a gente já faz e mandariam robôs. Isso se ainda existir qualquer separação entre robôs e aliens: eles muito bem podem ter se integrado tão intimamente com a tecnologia que se tornaram uma espécie totalmente artificial. Ou suas máquinas os dominaram.

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