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Cientistas pesquisam maneira de proteger a Terra de asteroide

Em fevereiro de 2013, um meteorito caiu em Chelyabinsk, na Rússia, deixou algumas pessoas feridas e muita gente assustada. Afinal, será que estamos indefesos diante de pedaços de pedra que caem do céu? Se depender do esforço de alguns cientistas, não. Recentemente, pesquisadores da Universidade de Tennessee fizeram uma descoberta que poderá proteger a Terra […]

Por Lucas Baptista
Atualizado em 3 set 2024, 10h09 - Publicado em 19 ago 2014, 21h45

asteroide

Em fevereiro de 2013, um meteorito caiu em Chelyabinsk, na Rússia, deixou algumas pessoas feridas e muita gente assustada. Afinal, será que estamos indefesos diante de pedaços de pedra que caem do céu? Se depender do esforço de alguns cientistas, não. Recentemente, pesquisadores da Universidade de Tennessee fizeram uma descoberta que poderá proteger a Terra de uma colisão que causaria um estrago bem maior do que o meteorito russo.

Trata-se do asteroide 1950 DA, que tem um pouco mais de 1 km de diâmetro e que tem uma chance em 300 de se chocar com a Terra no dia 16 de março de 2880. O asteroide viaja a 60 mil km/h, mais que o dobro da velocidade do ônibus espacial Discovery. Sua colisão com o planeta equivaleria à explosão de 45 mil megatoneladas de dinamite, 2 milhões de vezes mais do que uma bomba atômica. Seríamos devastados por tsunamis e muito provavelmente, todos morreríamos. Os astrônomos já sabem da possibilidade da colisão desde 2002. A novidade é que, depois de estudarem melhor o corpo celeste, surgiu uma ideia de como evitar o desastre. E a resposta está no próprio asteroide.

Um asteroide é formado por pedaços de rocha do espaço que se unem graças à força gravitacional. Acontece que o 1950 DA gira tão rápido que só a gravidade não seria o suficiente para evitar que o asteroide se despedaçasse. O novo estudo sugere que os pedaços do 1950 DA só se mantém juntos graças à força de Van der Waals, algo que nunca tinha sido observado em asteroides desse tamanho. Por causa dessa força, na linha do equador do asteroide, há gravidade negativa. Ao contrário da gravitação normal, ela expulsa em vez de atrair as partículas presentes em seu campo. Se uma pessoa tentasse ficar de pé na superfície, seria arremessada de volta para o espaço. Sabendo disso, talvez seja possível separar as pedras que formam o asteroide novamente. Ainda não encontraram uma maneira definitiva para desviar a rota ou para quebrar a força que mantém unidos os pedaços do 1950 DA. Mas não precisamos entrar em pânico ainda. Nos próximos 860 anos, provavelmente os astrônomos encontrarão um jeito de impedir o fim do mundo.

Via: University Of Tenessee e Nasa

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