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Cientistas podem ter encontrado partículas interestelares raríssimas no espaço

A distância entre uma estrela e outra pode ser muito, muito grande. Esse vazio enorme, na verdade, não é bem vazio. As partículas que estão lá, soltas no vácuo, ajudam a entender melhor como o Universo foi formado. O conjunto dessas partículas tem um nome que talvez você recoheça: poeira interestelar. A NASA anunciou que, […]

Por Otavio Cohen
Atualizado em 3 set 2024, 10h09 - Publicado em 15 ago 2014, 15h38

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A distância entre uma estrela e outra pode ser muito, muito grande. Esse vazio enorme, na verdade, não é bem vazio. As partículas que estão lá, soltas no vácuo, ajudam a entender melhor como o Universo foi formado. O conjunto dessas partículas tem um nome que talvez você recoheça: poeira interestelar. A NASA anunciou que, pela primeira vez, uma pequena amostra desse material espacial foi coletado e está sendo estudado por cientistas.

“Esses são os objetos mais desafiadores que nós já estudamos no laboratório, e é incrível que tenhamos feito tanto progresso na análise”, disse Michael Zolensky, que faz parte de uma equipe de cientistas da NASA. O motivo de tanto orgulho são sete partículas interestelares que chegaram à Terra em 2006. Só agora, mais de 8 anos depois, alguns detalhes do material colhido no espaço foram revelados num artigo do jornal Science.

As partículas interestelares vieram no coletor de alumínio da sonda espacial Stardust. Ela foi lançada em 1999 e viajou por quase 5 bilhões de quilômetros Universo afora durante sete anos. Ao que tudo indica, foi em 2004, ao cruzar com um cometa, que a sonda captou o material. Mesmo depois de anos de estudos, ainda é preciso muita pesquisa para ter certeza de que as partículas são mesmo vindas do espaço interestelar. Mas, se forem, será um grande passo da ciência.

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As partículas são minúsculas, medem milésimos de milímetros, mas estão cheias de informações sobre o Universo. De acordo com as primeiras conclusões dos cientistas, as partículas vieram de fora do Sistema Solar, talvez criadas em uma explosão de supernova milhões de anos atrás. As amostras maiores são “fofinhas”, como uma espuma. Sua composição química e sua estrutura são bem mais complexas do que os cientistas imaginaram quando analisaram o material pela primeira vez.  O tempo que elas passaram flutuando pelo espaço antes e depois da coleta certamente as alterou.

Três das partículas contém enxofre, algo que os cientistas acham que não seja fácil de encontrar no espaço interestelar. Outras duas podem trazer resquícios de oxigênio, o que é um indício de que foram produzidas por estrelas em estágios mais evoluídos que o Sol.

Via Nasa

Imagens: Andrew Westphal, Universidade de Berkeley

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