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DNA não está sozinho: proteína também pode passar características hereditárias

Por Fábio Marton Um grupo de cientistas da Universidade de Edimburgo (Escócia) acaba de revelar que não são apenas os genes que transmitem atributos entre pais e filhos (como a cor dos olhos, a textura do cabelo, se seu café é amargo como a vida ou calda de pudim, e também se você vai aos […]

Por Redação Super
Atualizado em 4 set 2024, 09h13 - Publicado em 6 abr 2015, 16h16

Por Fábio Marton

Um grupo de cientistas da Universidade de Edimburgo (Escócia) acaba de revelar que não são apenas os genes que transmitem atributos entre pais e filhos (como a cor dos olhos, a textura do cabelo, se seu café é amargo como a vida ou calda de pudim, e também se você vai aos protestos de vermelho ou canarinho). Segundo os resultados, as proteínas chamadas histonas também são responsáveis por transmitir características hereditárias. Após anos de estudos da epigenética, que descreve como fatores externos interagem com os genes, este é, segundo os autores, o primeiro a confirmar que o DNA não está sozinho e outras características podem ser herdadas através desses fatores.

As histonas são responsáveis por enrolar o DNA na forma de cromossomos. O DNA de uma célula humana mede entre 1,5 e 3 metros,  dependendo de quem você perguntar. Mas tudo isso cabe – com espaço sobrando – nos 6 micrômetros (µm) que um núcleo celular tem, em média, de diâmetro. É como se você conseguisse fazer uma linha capaz de dar a volta ao planeta, com 40 mil km, caber em uma bola de beisebol.

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Histonas enrolando a fita de DNA. Podem ser enrolonas, mas trabalham duro [Fonte: promega.com]

Algumas histonas são capazes de silenciar genes quando enrolam esses novelos – que precisam ser desenrolados para a síntese proteica, a forma como o DNA faz com que você seja diferente de uma minhoca. O que o estudo escocês descobriu foi que histonas modificadas – o que acontece naturalmente por fatores como estresse e alimentação – podem ser passadas para descendentes. Eles testaram isso com células de fermento, os fungos unicelulares usados para fazer pão e cerveja.

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Em se tratando da Escócia, será o início do uísque transgêni… digo, transhistônico?

Modificando as histonas, os cientistas conseguiram criar características que foram transferidas para novas gerações – sem que os genes tivessem nada a ver com isso. “Mostramos, sem sombra de dúvida, que mudanças nos carretéis de histona que fazem os cromossomos podem ser copiadas e passadas entre as gerações. Nossa descoberta confirma a ideia que características herdadas podem ser epigenéticas, o que quer dizer que não dependem apenas de mudanças no DNA de um gene”, afirma o professor Robin Allshire, que conduziu o estudo.

Ainda que as histonas não contenham informações genéticas por si mesmas, ao silenciar genes, elas podem, em tese, fazer coisas como alguém que devesse ter olhos castanhos acabar com exóticas janelinhas de Escrava Anastácia. Mais estranho ainda, isso pode surgir de hábitos de vida dos pais. Por ora, isso é só especulação. A pesquisa dá força a uma ideia de impacto imenso, de que o “código da histona” e outras formas de epignética podem ser todo o lado B do genoma.

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