Mistério resolvido: por que os humanos não têm osso no pênis
O cachorro, o gato e até o chimpanzé têm – por que nós não? Parece esquisito para a gente, mas grande parte dos mamíferos possui um báculo – um osso dentro do pênis. A função não é muito misteriosa: serve para ajudar a manter a ereção. É, aliás, o osso mais variado entre as espécies, […]
O cachorro, o gato e até o chimpanzé têm – por que nós não?
Parece esquisito para a gente, mas grande parte dos mamíferos possui um báculo – um osso dentro do pênis. A função não é muito misteriosa: serve para ajudar a manter a ereção. É, aliás, o osso mais variado entre as espécies, indo de meros milímetros a até 1,4 m em uma espécie extinta de morsa (as atuais tem “meros” 60 cm). O báculo é ausente em grandes herbívoros, nos mamíferos aquáticos e – única exceção entre os primatas – a gente.
Por que dispensamos um auxílio numa hora tão… crucial? Um estudo publicado no Proceedings of Royal Society acredita ter a resposta: somos muito rapidinhos. Ou, ao menos, não temos razão para não ser.
Segundo os cientistas, em primatas, o báculo está relacionado com a duração da relação sexual. E esta, por sua vez, está relacionada com a forma como machos e fêmeas se entrosam. Em animais poligâmicos, para os quais a festa é para todo mundo, existe uma competição ferrenha por parceiras. Para garantir que os filhotes gerados sejam seus e não de outro, os machos desenvolveram um coito mais prolongado, de forma a garantir que seu esperma fecunde o óvulo antes da fila andar.
Nós não somos – ao menos via de regra – tão desesperados assim. Sem essa necessidade de segurar a parceira para evitar a competição, acabamos por perder o osso. E depender de pílulas azuis.