Pesquisadores do MIT criam robôs que conseguem se mover e se reconfigurar sozinhos
Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) criaram pequenos cubos que podem revolucionar o mundo da robótica. A ideia era inventar robôs modulares que, dependendo da tarefa e do ambiente, pudessem mudar sua geometria para melhorar seu desempenho. O resultado foram esses blocos coloridos da imagem acima, que têm capacidade de se mover sozinhos […]
Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) criaram pequenos cubos que podem revolucionar o mundo da robótica. A ideia era inventar robôs modulares que, dependendo da tarefa e do ambiente, pudessem mudar sua geometria para melhorar seu desempenho. O resultado foram esses blocos coloridos da imagem acima, que têm capacidade de se mover sozinhos e de se reorganizarem em novos formatos.
Sistemas robóticos modulares normalmente usam servidores e motores para mover “braços” articulados. A equipe do MIT resolveu utilizar um dispositivo diferente para movimentar seu novo robô (que também não tem “braços”). Eles aplicaram o conceito de momento angular para conseguir reduzir as partes móveis e facilitar a implementação da tecnologia. Tá, mas o que isso tudo quer dizer?
Vamos lá. Existe uma massa giratória dentro do robô. Quando um mecanismo faz essa massa parar de rodar, o movimento passa da massa para o robô. “A originalidade desse processo está no fato de que a massa giratória fica totalmente dentro do robô e, por isso, ele não precisa estar em uma certa posição para que a força aja sobre ele. Isso permite muito mais tipos de movimento com apenas um tipo de mecanismo“, explica John Romanishin, cientista do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT.
Os cubos contam ainda com uma segunda característica essencial para sua movimentação: um sistema magnético com dois tipos de ímãs. Alguns ímãs ficam nas faces dos cubos e ajudam a manter o alinhamento dos blocos (foto A). Outros estão localizados nas quinas e servem para manter os cubos conectados, mesmo quando um deles está se movendo (foto B).
Uma das vantagens desse sistema motor que foi criado é que, com ele, os blocos também conseguem saltar – uma capacidade que somente alguns robôs modulares têm. Isso porque, para conseguir pular, é necessária uma grande quantidade de energia em um curto espaço de tempo. “Nós encontramos essa habilidade por acaso, não era uma intenção nossa que eles pulassem. Acontece que precisávamos de ‘momentum’ suficiente dentro de cada cubo para movê-los em estruturas alinhadas. Mas também podemos aplicar toda essa energia para que eles pulem uns sobre os outros”, diz Romanishin.
Os pesquisadores enfrentaram vários desafios para conseguir cumprir o objetivo inicial. Era preciso, por exemplo, que todas as partes do robô coubessem dentro dos cubos. Ao mesmo tempo, eles procuravam um desing “robusto”, sem partes móveis desnecessárias, sem travas e que não transformasse o corpo do robô.
Veja os blocos em ação no vídeo abaixo:
Estamos ansiosos para conhecer alguma aplicação real desse mecanismo na indústria. Mas que dá um brinquedo bem legal, dá.