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10 crimes reais que aconteceram no Halloween

Por turma-do-fundao
Atualizado em 4 jul 2018, 20h34 - Publicado em 31 out 2016, 14h34

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Ah, o Halloween! Embora não seja uma data historicamente brasileira, nós já nos adaptamos às festividades do dia 31 de outubro, seja escolhendo as fantasias mais assustadoras ou comprando uma quantidade exorbitante de doces.

Mas talvez você não tenha parado para pensar que, pelo menos nos EUA, esta também é a oportunidade perfeita para crimes: é quando todo mundo sai às ruas, feliz, bradando “doces ou travessuras”. Em um ambiente tão descontraído, ninguém espera ser assaltado, sequestrado ou morto.

Confira essa lista de 10 crimes que vão fazer com que você pense duas vezes antes de sair para assustar:

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1) O Assassinato de Adriane Insogna e Leslie Mazzara

Halloween de: 2004
Local: Napa, Califórnia
O criminoso: Eric Matthew Copple

Na virada de 31/10 para 1º/11/2004, as amigas Adriane, Leslie, e Lauren, todas com 26 anos, voltaram para casa depois de distribuírem doces.

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Mas elas foram seguidas por Eric Copple, que fumou uns cigarros perto de seu carro e esperou pacientemente que a rua ficasse vazia. Quando chegou o momento, Copple, que parecia já portar uma faca, entrou pela janela da cozinha, subiu as escadas até os quartos das meninas e esfaqueou Adriane e Leslie.

Lauren, que dormia no quarto do andar de baixo, acordou com o som dos gritos e móveis quebrando. Por sorte, conseguiu sair antes que o assassino a procurasse e pegou o carro, ligando imediatamente para a polícia.

O motivo de Copple? Ninguém sabe. O assassino admitiu o crime no tribunal um ano depois após ser investigado pelo FBI. A polícia demorou para concluir a investigação por falta de provas, já que o suspeito se negou a fazer um teste de DNA para comparar com as amostras de sangue encontradas na cena do crime.

Por Copple ter ido a júri popular, a confissão e as amostras de DNA foram o suficiente para condená-lo. Mas ele se livrou do corredor da morte por depor contra si mesmo por livre e espontânea vontade. Até hoje, cumprindo prisão perpétua, ele nunca revelou a razão pela qual matou Adriane e Leslie naquela fatídica noite de Halloween.

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2) O Assassinato de Karl Jackson

Halloween de: 1998
Local: Nova York, NY
O criminoso: Curtis Sterling

A “travessura” dos ovos é um clássico do Halloween americano: adolescentes jogam ovos em carros para irritar os motoristas. Mas, em 1998, uma dessas não terminou nada bem.

Karl Jackson tinha 21 anos quando morreu em circunstâncias um tanto improváveis. Enquanto acompanhava sua namorada para buscar o filho dela em uma festinha de Halloween, no Bronx, o carro de Karl sofreu uma chuva de ovos no para-brisa. Ele saiu do carro para discutir com os adolescentes que fizeram a brincadeira, mas um deles, Curtis Sterling, estava armado.

Logo após o homem retornar para o veículo, Curtis puxou a pistola e atirou na cabeça de Karl, que morreu na hora. Desde então, Nova York proibiu todas as pegadinhas com arremesso de ovos.

woodbridge

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3) Os sequestros de Woodbridge

Halloween de: 2009
Local: Woodbridge, Virginia
O criminoso: Aaron Thomas

Na noite de Halloween de 2009, três adolescentes (cujos nomes não foram divulgados) foram sequestradas quando estavam a caminho de casa após pedirem doces pela vizinhança.

Quando garantiu o silêncio das meninas, Aaron Thomas as guiou até uma área arborizada onde não seriam vistos e abusou sexualmente de duas delas. Quando se preparava para violar a terceira, uma das garotas conseguiu gritar por socorro, assustando assim o estuprador.

Demorou dois anos até que os policiais conseguissem provas para incriminar Aaron e prendê-lo, mesmo o suspeito já tendo uma extensa ficha: tinha dezenas de suspeitas envolvendo agressões sexuais desde 1997. Em 2012, Thomas confessou o sequestro das três meninas.

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4) O Assassinato de Ronald Sisman e Elizabeth Platzman

Halloween de: 1981
Local: Nova York, NY

De todos os crimes que vimos até agora, provavelmente este é o mais estranho e misterioso. Afinal, não é sempre que uma seita parece estar por trás de tudo.

Na noite de Halloween, Ronald e Elizabeth foram encontrados mortos em seu apartamento em Manhattan. A perícia concluiu que eles foram brutalmente espancados antes de levarem um tiro na cabeça. Depois de verem a cena do crime completamente saqueada, os policiais supuseram que o motivo do crime foi dinheiro relacionado a drogas, mas o caso se tornou mais complexo e bizarro.

Um informante da prisão afirmou à polícia que um de seus companheiros de cárcere, David Berkovitz, mais conhecido como “Son of Sam” (Filho de Sam, em tradução livre), teria previsto a morte do casal.

Berkovitz era um assassino que supostamente participava de uma seita satânica — que inclusive, teoricamente, o auxiliara nos crimes — e havia contado ao informante que a seita estava se preparando para atacar uma residência em Greenwich Village, nas proximidades de onde o casal vivia, para realizar um assassinato ritualístico na noite de Halloween.

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Mesmo com as informações de David, o crime permanece sem solução.

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5) O desaparecimento de Cindy Song

Halloween de: 2001
Local: Pensilvânia

Cindy Song era uma intercambista sul coreana e estudante da Pennsilvanya State University. Na noite de Halloween de 2001, Cindy foi fantasiada de coelho para uma boate em Stage College e saiu com seus amigos até ser deixada em casa às 4 da manhã, quando foi vista pela última vez. A garota desapareceu.

O cenário era muito suspeito: a casa não tinha sinal de arrombamento ou roubo e a fantasia de Cindy, incluindo pequenos acessórios, como os cílios postiços, estava lá, o que mostra que ela havia entrado com relativa calma. Mas, então, o que aconteceu com ela?

Pouco tempo depois, surgiram vários relatos de uma mulher parecida com a intercambista no distrito de Chinatown da Filadélfia dentro de um veículo junto a um homem não identificado, pedindo por ajuda.

Em 2003, Hugo Marcus Selenski foi preso. Ele tinha os restos mortais de cinco pessoas enterrados em seu quintal, porém nenhum deles era de Cindy.

Mas a história não termina aí. Um informante disse à polícia que Selenski e um cúmplice, Michael Jason Kerkowski Jr., não apenas tinham raptado Cindy como também a estupraram e mataram, desovando o corpo em outro lugar. Logo após o crime, Hugo Selenski teria matado seu cúmplice e enterrado em seu quintal. O motivo? Kerkowski Jr. teria pegado as orelhas da fantasia de Cindy como um souvenir.

Mais restos mortais foram encontrados em janeiro de 2014, mas ainda não há provas suficientes que liguem Selenski ao desaparecimento de Cindy Song.

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6) O assassinato de “Orange Socks”

Halloween de: 1979
Local: Georgetown, Texas

“Orange Socks” é como foi chamado o corpo de uma mulher encontrado em um bueiro nos arredores de Georgetown, no Texas. O apelido (“meias laranjas” em português) surgiu porque o cadáver estava quase nu: as únicas peças de roupa que vestia eram duas meias laranjas.

Não havia qualquer registro no banco de dados e nenhuma identificação do corpo. A única pista de sua identidade era um anel prateado, pista fraca para que a investigação avançasse.

Após uma avaliação, descobriram que “Orange Socks” havia sido estrangulada e estuprada, provavelmente na mesma noite de Halloween em que foi encontrada. Anos depois, o serial killer Henry Lee Lucas confessou o crime, embora também não soubesse a identidade da mulher, alegando que apenas a sequestrou e matou, sem perguntas. O problema é que Lucas costumava assumir crimes que não cometeu só para criar repercussão e medo.

Depois de descobrir que iria para o corredor da morte pelo crime, ele alterou sua confissão. A polícia checou seu álibi e descobriu que ele provavelmente estava trabalhando na Flórida quando a moça foi assassinada.

Até hoje, a identidade de “Orange Socks” é um mistério, assim como seu assassino.

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7) O assassinato de Marvin Brandland

Halloween de: 1982
Local: Fort Dodge, Iowa

O Halloween é uma ótima oportunidade para que um suspeito mascarado passe despercebido. Isso pode causar confusão até com as próprias vítimas. Esse foi o caso de Marvin e Ethel Brandland.

O casal já havia entrado na rotina da noite de Halloween: a campainha toca, eles atentem as crianças, “Doces ou travessuras?”, distribuem as guloseimas, fecham a porta. A campainha tocou mais uma vez aquela noite, mas, quando atenderam, havia um homem mascarado na soleira da porta. “Doces ou travessuras, deem o dinheiro ou eu atiro”.

Brincadeiras como essas são muito comuns durante o Halloween, de forma que tudo o que Marvin fez foi rir e tentar tirar a máscara do homem, mas, obviamente, ele não deixou. Em vez disso puxou a arma e encaminhou os dois em direção porão da casa, pedindo que dessem o dinheiro do cofre.

Como poucos sabiam que eles tinham um cofre no porão, Marvin suspeitou que se tratasse de uma brincadeira de Dia das Bruxas de algum amigo ou parente deles e, enquanto atravessavam a cozinha para chegarem ao porão, ele tentou agarrar a arma. Um tiro foi disparado contra a garganta de Marvin, que morreu na hora, e Ethel, devido ao trauma, morreu meses depois. Tudo o que restou para se investigar foi a máscara do suspeito, deixada no local sem motivo aparente.

Anos depois, foi descoberto que um amigo do casal se gabava do assassinato. Mas o DNA coletado na máscara era insuficiente para acusá-lo. Mesmo tendo algumas provas circunstanciais, não há nada que ligue o suspeito ao crime, até agora sem resolução.

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8) A Misteriosa Morte de Chris Jenkins

Halloween de: 2002
Local: Minneapolis, Minnesota

Durante a noite de Halloween, o estudante de 21 anos da Universidade de Minnesota, Chris Jenkins, resolveu ir a um bar na noite de Halloween. No entanto, ele desapareceu sem deixar qualquer vestígio após sair do bar por volta da meia-noite.

Quatro meses após seu desaparecimento, o corpo de Chris foi encontrado flutuando no rio Mississippi, ainda vestindo sua fantasia. Depois do exame toxicológico comprovar que ele estava fortemente drogado quando se afogou, a perícia concluiu que teria se tratado de um acidente ou suicídio.

A família pediu por uma investigação mais aprofundada. Em 2006, a causa da morte foi alterada para homicídio. Um presidiário alegou ter assistido ao assassinato de Chris, mas a história não tinha detalhes suficientes que pudessem ligá-lo ao crime de fato.

Muitos suspeitam que Jenkins poderia ter sido uma vítima do misterioso grupo “Smiley Face Murders” (Assassinos do Rosto Sorridente, em tradução literal), a quem haviam sido creditadas mais de 40 mortes de estudantes nos EUA, todos envolvidos em estranhos afogamentos. Na maioria dos casos, era possível encontrar o grafite da “smiley face” próximo ao local onde as vítimas se afogaram, sempre após serem fortemente drogadas.

A polícia não encontrou o grafite na cena do crime, mas não pôde ignorar a semelhança entre o caso de Chris e outros não solucionados.

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9) O Assassinato de Nima Louise Carter

Halloween de: 1977
Local: Lawton, Oklahoma

Imagine que você é pai ou mãe. Na noite de Halloween, quando seu bebê sequer pode comer doces, você o coloca no berço, ajeita os cobertores, acaricia seu rostinho, e vai dormir. Quem imaginaria que esta seria última vez em que você veria seu filho?

Triplique o pânico ao reparar que as janelas estavam completamente trancadas: o sequestrador já estava dentro da sua casa, apenas esperando uma oportunidade. Essa foi a agonia que os pais de Nima Louise Carter sentiram ao encontrar o berço vazio de seu bebê logo após a noite de Dia das Bruxas.

A polícia não tinha uma única pista sobre o responsável. No entanto, um mês depois, crianças da vizinhança brincavam em uma casa abandonada a quatro quadras da casa dos Carter. Qual não foi o choque ao abrirem a geladeira do local e encontrarem o corpo de uma criança se decompondo entre as prateleiras?

A criança, que tinha apenas 19 meses quando morreu, era Nima, que veio a sucumbir por sufocamento.

O caso nunca foi oficialmente solucionado, mas pode ter relação com um crime semelhante que ocorreu no ano anterior. Duas gêmeas, Tina e Maria Carpitcher, foram atraídas para fora de casa por Jacqueline Roubideaux, sua antiga babá, que as levou para o local abandonado e as prendeu na geladeira. Maria morreu sufocada, mas Tina sobreviveu e identificou a criminosa. Porém devido ao trauma e à pouca idade da criança, a acusação foi considerada inválida.

Jacqueline também foi babá da pequena Nima Carter e tornou-se a principal suspeita no caso, embora a falta de provas também tenha colaborado para que ela permanecesse livre. Alguns anos mais tarde, porém, o caso das gêmeas Carpitcher foi reavaliado e acabou condenando a babá à prisão perpétua.

Jacqueline morreu na prisão devido a um câncer de fígado em 2005, mas nunca admitiu a culpa pela morte de Nima.

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10) O Misterioso Assassinato de Chaim Weiss

Halloween de: 1986
Local: Nova York, NY

Chaim Weiss era um adolescente de 15 anos. Judeu ortodoxo, ele frequentava uma yeshiva (instituição dedicada ao estudo de textos religiosos tradicionais, como o Torá) do ensino médio em Nova York. Na manhã seguinte ao Halloween, todo o colégio ficou horrorizado com o fim brutal de Chaim.

O adolescente foi espancado até morte com golpes fortes que fraturaram seu crânio, além de repetidas facadas em sua cabeça – seus colegas de escola se depararam com uma cena digna de filmes de terror quando o encontraram em seu quarto. Não havia sinais de luta e logo foi constatado que ele devia estar dormindo na hora do ataque.

O mais intrigante é que, de alguma forma, o criminoso tinha conhecimento das tradições judaicas. Mesmo numa noite fria como aquela, a janela de Chaim foi encontrada aberta, um costume que, de acordo com a cultura, permite que o espírito do falecido saia. Depois de alguns dias, um rabino da escola acendeu uma vela memorial no quarto de Chaim. Dois dias depois, porém, outra vela apareceu, e ninguém sabia de onde havia vindo, o que mostra que o assassino tinha acesso fácil ao lugar.

Um dos alunos também se lembrou de ter ouvido a porta de seu quarto ser aberta e fechada imediatamente, como se alguém estivesse olhando os quartos. Teria o assassino aberto a porta errada antes de encontrar o quarto de Chaim?

As investigações perduraram por muito tempo. Este Halloween marca os 30 anos desse caso ainda sem solução.

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