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8 cantores dos anos 40 que você precisa conhecer

Por Samuel Guterman
Atualizado em 4 jul 2018, 20h35 - Publicado em 27 jun 2017, 16h51
Cantores
(Divulgação/Reprodução)

samuel_guterman

É comum pessoas mais velhas dizerem que “os jovens de hoje em dia não ouvem mais música boa”, sendo que os pais delas diziam o mesmo. Para calar esse sujeito, aqui estão alguns cantores/grupos que tocavam nas rádios durante os anos 40.

É importante, antes de mais nada, dar um contexto pra essa história. A 2ª Guerra Mundial teve seu fim em 1945 com a rendição do Japão e a Guerra Fria iniciou-se em 1947 com a declaração da Doutrina Truman pelo rádio. Foi durante esse tempo, principalmente na 2ª Guerra Mundial, que a música se tornou verdadeiramente um produto de consumo em massa, tendo em mente a simplicidade de ligar o rádio e ouvir músicas de todos os lugares.

A música durante a 2ª Guerra acalmou os familiares de soldados e encorajou os militares no front. Hoje, grande parte desse repertório foi esquecido, mas devemos creditar diretores como Martin Scorsese e Damien Chazelle e jogos como BioShock e, acima de tudo, a franquia Fallout por trazer ao público de hoje gêneros esquecidos como big band, acid jazz e dixieland.

Basta de preâmbulo, vamos à lista!

1) The Andrews Sisters

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O conjunto das irmãs LaVerne Sophie (Contralto), Maxene Angelyn (Soprano) e Patty Marie (Mezzo-Soprano) Andrews era conhecido por ser o grupo feminino mais famoso do século 20, principalmente por tocarem nas rádios oficiais das Forças Armadas. Influenciaram grandes cantoras dos dias atuais como Christina Aguilera e Bette Midler. É impossível não associar suas músicas à época em que viveram.

2) The Ink Spots

Outro conjunto na nossa lista – este bastante recorrente nas trilhas sonoras dos últimos Fallouts – era composto por Bill Kenny, Charlie Fuqua, Deek Watson e Hoppy Jones. Ganhou fama universal nas décadas de 30 e 40, sendo um dos principais precursores do rhythm n’ blues (o famigerado RnB) e do rock and roll. O estilo único do grupo pode ser facilmente reconhecido pelo clássico riff recorrente em praticamente todas as suas músicas e pelas partes faladas das letras no meio das faixas.

3) Django Reinhardt

Apesar de não ser cantor, Jean “Django” Reinhardt foi um grande guitarrista de jazz à francesa do final dos anos 30 e começo dos 40 e é tido como o pai do jazz na Europa, além de ser um dos primeiros artistas brancos a fazer sucesso no gênero. Reinhardt teve uma infância cigana em Liberchies, no centro da Bélgica, e fazia parte de uma caravana que peregrinou até Paris. Lá, ele aprendeu a tocar banjo, mas um incêndio o fez perder a mobilidade de parte de sua mão esquerda, obrigando-o a desenvolver uma técnica própria para tocar o instrumento.

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4) The Pied Pipers

O grupo composto por Jo Stafford (que antes fazia parte de outro grupo, o The Stafford Sisters), John Huddleston, Hal Hopper, Chuck Lowry, Bud Hervey, George Tait, Woody Newbury e Dick Whittinghill surgiu no final dos anos 30 e fez um incrível sucesso em meados dos anos 40, principalmente por fazer associações com Frank Sinatra e Tommy Dorsey.

5) Bob Crosby

O famoso líder da big band Bob Cats fez um tremendo sucesso no início dos anos 40, principalmente por conhecer as Andrews Sisters, que estavam em seu auge na época. Bob Crosby & The Bob Cats foi uma das poucas bandas, se não a única, que conseguiu combinar dixieland com um estilo que estava ganhando imensurável força na época, o swing.

6) Billie Holiday

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Foi uma das maiores cantoras de sua época. Sua carreira começou de maneira desesperada: sua mãe e ela estavam à beira de serem despejadas de seu apartamento por não conseguirem pagar o aluguel, então Billie saiu desesperada na rua em busca de qualquer emprego que qualquer pessoa pudesse oferecer.

Acabou encontrando um bar no Harlem onde se ofereceu para ser dançarina, mas mostrou ser um desastre. Compadecido, o pianista disse para ela cantar… e tirou a sorte grande! Billie cantou tão bem que conseguiu um emprego fixo no bar.

Sem ter um aprendizado formal, sua educação musical veio de grandes nomes da música, como Louis Armstrong. Após alguns anos cantando em alguns outros bares, um crítico chamado John Hammond ofereceu um contrato de disco a Billie com a big band de Benny Goodman. A partir daí, sua carreira só cresceu, cantando em big bands como a de Count Basie e de Artie Shaw, o grande clarinetista da época da guerra.

Com isso, Billie se tornou uma das mais tocantes cantoras de seu tempo, com uma voz marcante por ser rouca, flexível e distintiva.

7) Nat King Cole

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Nathaniel Adams Coles, mais conhecido como Nat King Cole, imortalizou suas músicas por ter uma voz sensual que casava perfeitamente com o piano. Ele aprendeu a tocar o instrumento na Igreja em que seu pai era pastor.

8) Helen Forrest

Por último, mas não menos importante – não menos importante MESMO, afinal, essa é minha cantora favorita da lista toda – temos Helen Fogel, conhecida pelo seu nome artístico Helen Forrest, que foi uma das maiores e melhores cantoras da swing era. Muitos não a consideram como uma cantora de jazz (um ultraje!), mas uma excepcional intérprete (concordo!).

Por muito tempo, ela usou nomes como Bonnie Blue e The Blue Lady e cantou na big band de seu irmão até entrar na de Artie Shaw, uma das maiores da época, após a saída de Billie Holiday. Depois de sair da banda de Shaw, seguiu para a de Benny Goodman (já ouvimos esses nomes antes, não é mesmo?) e depois gravou com o Cole Trio, banda de Nat King Cole. Há um álbum no Spotify de quase duas horas com cinquenta músicas dela, então vá lá escutar!

A música está (e estará) sempre nas nossas vidas. Todos podem fazer música, mas ninguém deve ignorar o passado e as origens dos gêneros que conhecemos. Não existe “música de velho”, mas, sim, música boa que se ouvia no passado e que está morrendo no presente. O bom passado não deve morrer, muito menos ser esquecido!

 

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