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8 distopias que não são Jogos Vorazes ou 1984

Por Letícia Cangane
Atualizado em 4 jul 2018, 20h33 - Publicado em 24 abr 2018, 16h03
(Arquivo Pessoal/Reprodução)

Evento apocalíptico, governo autoritário, sociedade reorganizada e protagonista revolucionário. A fórmula da distopia é conhecida, sucesso na certa – e nós amamos. Porém, engana-se quem pensa que são todas iguais: existem infinitas vertentes distópicas na literatura, indo de histórica a romance, e reunimos aqui algumas que prometem ganhar seu coração, seja qual for sua preferência. Confira nossa lista:

1) O Teste, de Joelle Charboneau

(Divulgação/Editora Única)

QUANTOS LIVROS: Três, todos publicados no Brasil pela Editora Única

É o típico ambiente de distopias – num mundo pós-evento apocalíptico, uma sociedade marcada pelo autoritarismo no modo de vida da população reina. Em O Teste, uma trilogia surpreendentemente interessante, o tema abordado é a escolha dos líderes da sociedade – professores, biólogos, políticos e médicos. Os jovens com desempenho alto no colégio são os únicos a receber educação superior para se tornar uma dessas profissões e, para isso, precisam se submeter ao teste.

Separado em fases, o tal Teste avalia diversas características dos candidatos com métodos bem extremos, levando o leitor a questionar todo o processo e o tipo de líder que ele procura.

A série continua com as fases seguintes da educação da protagonista, uma garota da província de Cinco Lagos chamada Malencia Vale. Cia, como é chamada, acaba contestando a ordem vigente e se rebelando contra ela, despertando diversas reflexões. A trama também conta com várias cenas de ação, aventura e até mesmo romance. É uma leitura que, sem dúvida, vale a pena.

2) A Seleção, de Kiera Casa

(Reprodução/Editora Seguinte)

QUANTOS LIVROS: Cinco – uma trilogia e uma duologia, além de um diário, quatro contos extra e algumas cenas bônus, reunidos numa coletânea (Felizes Para Sempre), todos publicados pela Seguinte no Brasil, além de alguns contos disponíveis em e-books

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Muito diferente dos universos comuns em distopias, Illea, cenário da série, é um grande país governado por uma monarquia e com a sociedade dividida em castas – da Um à Oito – e se formou após a Quarta Guerra Mundial no território das atuais América do Norte e Central. Nesse contexto, quando o herdeiro do trono chega perto da maioridade, precisa encontrar uma noiva e, para isso, faz um concurso onde uma garota de cada província do país vai para o castelo disputar seu coração.

A Seleção conta a história de America Singer, uma jovem da casta Cinco que não queria, por nada no mundo, participar da Seleção. Porém, para agradar a mãe e conseguir se casar com seu namorado (um jovem Seis), America se inscreve e acaba sorteada. Numa reviravolta, o garoto que ela amava termina o namoro e a garota parte para Angeles, onde fica o palácio. Lá conhece o príncipe Maxon, de quem ela definitivamente não gosta, mas, aos poucos, começa a achar não tão ruim assim.

A trama é envolvente e fala de política e de poder, além de relações familiares e, é claro, de amor. Um livro que vai te conquistar do início ao fim e te fazer se apaixonar pelos personagens, A Seleção é item indispensável na lista de leitura de amantes de distopias – e de romances.

3) A Rainha Vermelha, de Victoria Aveyard

(Divulgação/Editora Seguinte)

QUANTOS LIVROS: Quatro – três já publicados no Brasil pela Seguinte e um em pré-venda, além de três contos, um publicado em formato físico e os demais disponíveis em e-book

Essa vem para os amantes de fantasia. Misturando o cenário de distopias com um toque de poderes especiais e algumas famílias poderosas, A Rainha Vermelha não é uma distopia clássica, mas é uma história das boas. A protagonista é Mare, uma garota pobre de sangue vermelho que acaba no meio dos prateados, elite com sangue prata que possui superpoderes. Ela descobre que, apesar de seu sangue, possui o poder da eletricidade.

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Representando uma ameaça a todo o sistema de segregação social da aristocracia prateada, a monarquia cria uma farsa ao redor da história da garota e a mantém em seu poder. Mare então começa a se envolver com os príncipes e descobre muito mais sobre o universo em que vive. Já tendo se relacionado com um grupo de resistência ao poder prateado, a protagonista também se rebela contra o sistema, principalmente depois de conhecer pessoalmente a Rainha, que é particularmente horrível.

Com um final eletrizante, o primeiro livro deixa um gostinho de “quero mais” para os próximos da trilogia. A série possui também alguns livros extras, tanto físicos como virtuais, que vão te fazer amar mais as distopias.

4) Jovens de Elite, de Marie Lu

(Divulgação/Editora Rocco)

QUANTOS LIVROS: Três, todos publicados no Brasil pela Rocco

Esse é completamente diferente, pois se passa num passado paralelo, e não num futuro. A protagonista da vez é Adelina Amouteru, uma garota que, depois de sobreviver à praga, ficou com os cabelos prateados e ganhou superpoderes. Porém, foi somente anos depois, e muita mágoa depois, que ela foi descobrir seu poder. Adelina pode mexer com a ilusão e provocar medo, sentimento que alimenta seu poder.

Com características de vilã, a jovem foge de casa e descobre os Jovens de Elite, um grupo de jovens com poderes como os dela, que se manifestam de diferentes maneiras – controle sobre o fogo, os animais, sedução e outros. Adelina então se junta ao grupo, que é perseguido pela inquisição, e começa a aprender a controlar seus poderes.
Profunda e encantadora, a trilogia de Marie Lu não vai te deixar em paz até você terminar de ler.

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5) Feios, de Scott Westerfeld

(Divulgação/Editora Galera Record)

QUANTOS LIVROS: Quatro, todos publicados no Brasil pela Galera Record e sendo republicados com novo projeto gráfico – no momento, apenas o primeiro já foi relançado

Após um apocalipse ecológico, a sociedade na Terra passou a viver em cidades-bolhas cercadas de florestas. A civilização que nasceu passou a pregar a perfeição como base de seu sistema. Com isso, ao atingirem os 16 anos, todos os jovens passam por cirurgias plásticas que modificam todo o seu corpo e os tornam fisicamente perfeitos.

Tally é uma dessas jovens que está prestes a fazer 16 e não vê a hora de se juntar aos perfeitos. Porém sua amiga Shay pretende tomar outro caminho, se juntando a foras da lei que vivem nas florestas. Quando Shay some e a autoridade dos perfeitos surge na vida de Tally, a garota descobre que seu mundo não é tão perfeito assim.

Com grandes mistérios e conspirações no centro do enredo, os livros dessa coleção são envolventes e apresentam todas as características das distopias clássicas que amamos: governo central forte e com muitos segredos, a tecnologia levada ao limite e personagens revolucionários prontos para romperem barreiras – a receita do sucesso distópico.

6) Delírio, de Lauren Oliver

(Divulgação/Editora Intrínseca)

QUANTOS LIVROS: Três, todos publicados no Brasil pela editora Intrínseca

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Nesse universo criado por Lauren Oliver, o amor é considerado uma doença e, ao atingirem a maioridade, todos devem se submeter ao processo de cura. Depois disso, os jovens vão para a faculdade e recebem parceiros designados pelo governo – uma vida sem grandes emoções, o que para eles significa estabilidade e equilíbrio. O governo é autoritário, interferindo na vida dos cidadãos desde a escolha de seus maridos e esposas até o horário de dormir, controlando cada passo de uma forma quase imperceptível.

Lena Haloway está prestes a obter a cura e está muito feliz com isso: tudo o que a jovem quer é se livrar do passado de sua família e garantir um futuro seguro e estável para si. Porém, quando ela está mais perto do que nunca da cura, o inesperado acontece e Lena se apaixona. Agora, depois de sentir na pele os sintomas da tal doença, a garota precisa decidir se vai se curar – como acreditava e como o governo manda – ou vai seguir seu coração – infringindo as leis e seus próprios ideais.

Lançada em 2011, a trilogia é viciante e é a combinação certa de romance e distopia das boas.

7) Insígnia, de S. J. Kincaid

(Divulgação/VeR)

QUANTOS LIVROS: Três, todos publicados no Brasil pela V&R, além de um conto ainda não publicado oficialmente no Brasil

Ambientada num futuro distópico de guerra, a trilogia conta a história de Tom, um jovem que aparentemente não tem nada de especial além de seu talento para o videogame e sua vontade de fazer a diferença. Depois de vagar com seu pai pelos cassinos do país, Tom é convidado a entrar em um programa de elite do exército, realizando seus sonhos.

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Lá, o objetivo é claro: vencer a Terceira Guerra Mundial. Para isso, a tecnologia é explorada ao máximo, testando a relação homem-máquina até o limite. É aí que entra Tom, com suas habilidades no videogame, para se tornar um supersoldado e alcançar tudo o que sempre quis. Mas é claro que isso tudo tem um preço.

Prometendo uma reflexão sobre nosso futuro próximo, os livros de Kincaid possuem emoção, ação e muita aventura.

8) O Conto da Aia, de Margaret Atwood

(Divulgação/Editora Rocco)

QUANTOS LIVROS: Um, publicado no Brasil pela Rocco

Esta é uma distopia clássica que foi trazida de volta aos holofotes com a aclamada adaptação televisiva (a série The Handmaid’s Tale). Ela está ambientada num futuro ameaçador em que a religião controla o mundo com extremo conservadorismo, as divisões sociais são maiores ainda, as mulheres se tornaram inférteis e as poucas com saúde reprodutiva se tornaram bens do governo.

A protagonista da história, a aia Offred, perdeu o marido e a filha e foi obrigada a trabalhar numa casa da elite. Com medo de se tornar uma não-mulher ou ser fuzilada como criminosa por não cumprir suas obrigações femininas, Offred resiste e luta por sua vida em uma realidade aterrorizante de inferioridade da mulher.

Uma história incrível e uma reflexão sobre a mulher na sociedade, O Conto da Aia não é uma obra-prima à toa.

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