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8 lendas urbanas asiáticas macabras para conhecer neste Halloween

Por Giulia Albuquerque
Atualizado em 4 set 2024, 15h05 - Publicado em 1 nov 2017, 11h00

Letícia-Cangane

É Halloween e histórias de dar medo são sempre uma boa pedida. Que tal conhecer algumas das mais macabras surgidas na Ásia? Afinal, esse continente que há tantos anos abastece o mercado cultural com obras de horror (já leu nosso post sobre o Junji Ito?) parece ter um estoque inacabável de contos sobrenaturais e bizarros em seu baú. Veja abaixo nossa seleção de favoritas.

1) Mae Nak, a grávida de Phra Khanong – Tailândia

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Cena do filme Ghost of Mae Nak (2005), de Mark Duffield (De Warrenne Pictures/Divulgação)

É a história de uma mulher chamada Mae Nak, que se casou com um militar no século passado e ficou grávida, porém o marido logo foi mandado para a guerra. Enquanto o marido estava fora, Mae Nak morreu e seu bebê também. O povo oriental acredita que, quando mulheres morrem grávidas, elas se tornam assombrações ou são amaldiçoadas. Assim, um Phi Tai Hong foi criado com a morte de mãe e filho. O espírito passou a assombrar a população local, chegando a matar pessoas e a sugar todo o seu sangue.

Porém Mae Nak ainda amava seu marido e, quando ele voltou da guerra, o espírito o recebeu como se ainda estivesse vivo. Os vizinhos, com medo e pena do homem, não contaram nada e ele viveu com sua esposa morta por meses. Mas, certo dia, ele percebeu o que acontecia e tratou de fugir rapidinho e arrumar outra esposa. Sua adorável esposa assombrada não deixou por menos e matou a nova mulher.

Enfim, um sacerdote prometeu a Mae Nak que ela viveria com seu amado esposo na próxima vida. Então, o espírito parou de matar e foi aprisionado numa garrafa e jogado no rio. Tudo estava bem. Mas não acaba aí: dois pescadores encontraram a garrafa e libertaram Mae Nak. Hoje, a sepultura e a casa da mulher são famosos em Bangkok, pois, diz a lenda, a mulher ajuda algumas pessoas que a procuram e presenteiam. No entanto, ela ainda assombra a casa – a TV fica ligada durante o dia para agradá-la – e as mães da região têm medo que a sua alma leve suas filhas embora.

2) Gwishin Cheonyeo – Coreia do Sul

5 phi tai hong
Cena do filme Ringu (1998), de Hideo Nakata (Reprodução/Basara Pictures)
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Esses espíritos sul-coreanos são de jovens que morreram solteiras e virgens, não cumprindo sua missão de vida segundo as tradições do país – servir seu pai, marido e filho -, e voltando, então, para aterrorizar e tentar encontrar um marido. Sua aparência inclui cabelos pretos, lisos e penteados para baixo e uma roupa branca. É, se você achou a descrição parecida com uma certa personagem de filme de terror, não está engando: a Samara, de O Chamado, foi inspirada nessas assombrações.

Existem também homens que morreram nas mesmas condições, chamados de Gwishin Chonggak, que são menos famosos na cultura nacional, mas também voltam do além para procurar uma noiva. Algumas vezes, inclusive, são realizados casamentos entre homens e mulheres jovens que passaram para o além, na tentativa de fazer suas almas ficarem em paz e pararem de assombrar o lado de cá. Bizarro?

3) Kuchisake-onna – Japão

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Cena do filme Kuchisake-onna (2007), de Kôji Shiraishi (Reprodução/Tornado Film)

A lenda de Kuchisake-onna fala sobre uma mulher que anda nas ruas desertas à noite com um casaco e uma máscara cirúrgica cobrindo a boca. Assim que se aproxima de quem passa sozinho, ela pergunta: “Eu sou bonita?”. Se a resposta for “não”, ela simplesmente mata a pessoa usando um par de tesouras. Agora, se for “sim” chega a parte mais assustadora – ela tira a máscara e revela sua boca deformada, cortada quase até as orelhas. Então, pergunta novamente. Se a resposta for “não” – adivinha! –, a pessoa morre cortada pela metade. Se for sim, a pessoa segue a vida tranquilamente… Só que não! Ela corta a boca da vítima exatamente como a sua.

Uma lenda parecida está registrada num livro de histórias japonês do período Edo (que abriga entre os anos de 1603 e 1868). Ela pode ser a origem da versão moderna.

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4) Phi Tai Hong – Tailândia

Os Phi Tai Hong são espíritos tailandeses que foram mortos de forma brutal ou não receberam os rituais necessários de sepultamento. Essas almas ficam na Terra para assombrar os vivos, normalmente sendo encontradas em áreas de conflitos, catástrofes ou com muitas mortes em sequência. Um dos espíritos mais comuns é o da mulher que morre grávida, tendo a sua força somada à do seu filho.

As assombrações preferem aterrorizar jovens nas proximidades do local onde foram enterradas. Suas vítimas são amaldiçoadas, ficando doentes ou morrendo logo após passar ao lado de um Phi Tai Hong.

5) A boneca de Okiku – Japão

6 okiku doll
(YouTube/Reprodução)

História real a caminho. Okiku era uma menina que tinha uma boneca favorita e as duas eram inseparáveis. Porém a garotinha morreu de frio e a lenda diz que seu espírito voltou para a Terra e habita a boneca. Depois disso, o cabelo da boneca, que era curto, começou a crescer inexplicavelmente, e hoje já é bem comprido.

Em busca de respostas, cientistas estudaram os cabelos da boneca e comprovaram que é cabelo humano – provavelmente, segundo a história, de Okiku. A boneca fica, atualmente, num templo japonês, guardada, e seus cabelos continuam crescendo. É, parece até com nossa adorada conhecida Annabelle. #medo

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6) Mansão Himuro – Japão

Conta a história de uma elegante casa tradicional japonesa pertencente à família Himuro, que nunca teve a sua localização exata confirmada e costuma ser associada à prática de rituais ocultistas. Segundo a lenda, a família teria sido amaldiçoada e, para afastar o karma que a perseguia, realizava a cada 50 anos um “ritual do estrangulamento”, em que uma jovem donzela, isolada desde o nascimento para não comprometer o ritual, seria sacrificada brutalmente, e as cordas com seu sangue protegeriam a porta da casa.

Deu certo por muitos anos, porém, certa vez, a Nawa Miko (donzela do santuário da corda) conheceu e se apaixonou por um rapaz, que tentou salvá-la de seu destino, arruinando o ritual. O chefe da família, então, ficou desesperado com o futuro dos Hirumo e, em um momento de loucura, assassinou toda a família e cometeu suicídio no fim usando sua katana – dessa forma, acreditava, os protegeria da maldição.

A lenda diz que, ainda hoje, os membros da família vagam pela casa buscando vítimas para o ritual, querendo acabar com a maldição. Marcas do crime ainda podem ser vistas na casa por quem tem coragem de entrar – afinal, muitos visitantes são encontrados mortos de maneiras bizarras, parecidas com as que a história conta: desmembramentos, marcas de cordas e sangue por tudo. Dizem que quem se aventura atrás da história acaba amaldiçoado também e, se você tirar foto da janela certa, ainda pode ver uma mulher de branco lá dentro.

Essa é a história que inspirou o jogo de videogame Fatal Frame, que é ambientado na tal mansão e fala da maldição.

7) O poema do Inferno de Tomino – Japão

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Yaso Saijo e a capa de seu polêmico livro, originalmente publicado em 1919 (Divulgação/Wikimedia Commons)
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Essa história faz referência a um poema de 1919 do autor Yaso Saijo chamado Tomino’s Hell, contando a história de Tomino, que morre e vai diretamente para o inferno. Diz a lenda que o poema é maldito e que qualquer pessoa que o ler em voz alta morrerá impiedosamente ou, no mínimo, sofrerá muito durante a vida.

Há boatos de que um locutor de rádio, certa vez, leu o tal poema em seu programa ao vivo e, no meio da transmissão, começou a passar mal, perdeu o ar, caiu e se cortou. O “corajoso” teve que ser levado ao hospital, tomou sete pontos e, ainda assim, se recusa a acreditar que foi consequência do poema.

Saijo é um poeta famoso no Japão, com muitos livros publicados, inclusive para crianças. Esse poema, originalmente, foi provavelmente dedicado à irmã ou ao pai. Embora o poema exista desde 1919, ele só foi considerado maldito em 2004, quando saiu um livro chamado 心は転がる石のように (algo como “meu coração como uma pedra rolante”, veja o link do livro Amazon japonesa), uma coleção de ensaios produzida por um estudioso de literatura comparada chamado 四方田 犬彦 (Inuhiko Shoda). Ele diz no livro que, se o poema for recitado em voz alta, “haverá coisas horríveis irreparáveis em um momento posterior”. Não há uma menção direta à morte, mas a lenda se propagou mesmo assim.

8) Aka Manto – Japão

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(Matthew Meyer - Yokai.com/Reprodução)

Esse é realmente bizarro: envolve papel higiênico, pessoas estranhas em capas vermelhas e, é claro, mortes macabras. A história diz que Aka Manto é um espírito que assombra os banheiros japoneses, e, quando não tem papel higiênico, aparece oferecendo dois rolos para a vítima: um azul e um vermelho. Cada um representa um tipo de morte, que é diferente em cada versão da lenda. Nas mais comuns, vermelho quer dizer ter a pele toda arrancada ou ser cortado em pedacinhos. Já azul é estrangulamento ou perda de todo sangue do corpo.

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