Quando As Luzes Se Apagam, atualmente nos cinemas, é uma adaptação para longa-metragem de um curta de 2013 que viralizou na web. O diretor das duas obras é o mesmo, David F. Sandberg.
O filme conta a história de Rebecca, uma mulher que, desde criança, é perturbada pela visão de uma sujeita que aparece somente quando as luzes se apagam. Após anos, o irmão mais novo de Rebecca passa a ver a mesma mulher. Juntos, eles descobrem que a aparição está ligada à mãe deles. Quanto mais a verdade aparece, mais tenso o filme fica…
E deu certo: o longa faturou seu custo em apenas um dia de exibição nos EUA. Pensando neste retorno, a Warner já está cogitando uma sequência para o filme. Confira cinco motivos para ver!
1) Efeitos visuais diretos e simples
O diretor David F. Sandberg utiliza bem poucos efeitos especiais. Percebe-se que o filme é bem cru neste aspecto e explora bastante a dinâmica entre a escuridão e a luz, com cortinas fechadas, lanternas e velas assumindo um papel importante. É uma opção interessante, pois torna o filme mais realista. O “acende e apaga” não fica cansativo e leva o crédito por toda a tensão do filme.
2) Uso inteligente do cenário
A casa que é utilizada na gravação do filme também foi utilizada na produção do longa de terror Ouija, de 2014, que é baseado no famoso tabuleiro utilizado para estabelecer contato com espíritos. Em toda a sua escuridão, a casa se torna um obstáculo assustador para os personagens — e até parece um labirinto em meio ao pânico deles!
3) A antagonista é interessante
No curta original, a criatura que surgia no apagar das luzes não tinha nome nem história. Agora tem: ela se chama Diana e tem um passado bem complicado, que faz valer a pena assistir o filme para conhecer.
A dublê Alicia Vela-Bailey está ótima como a criatura, assustadora na medida. Não é a vilã mais original da história do cinema, mas vai te dar uns bons sustos.
4) A história não é rasa
Para transformar o curta em um longa de 81 minutos, o roteirista Eric Heisserer (do remake de A Hora do Pesadelo e Premonição 5) criou novos personagens e uma história para a assombração. No entanto, a história não tem aquele ar de “linguiça” e a trama, por ser econômica em informações, flui melhor.
De certa forma, a graça de Quando As Luzes Se Apagam é pegar um ambiente mundano e seguro (nossa casa) e transformá-lo em um lugar assustador e imprevisível. A profundidade da história está nessa insegurança que o filme causa no espectador – onde está o mal, fora de casa ou dentro? Nesse sentido, o filme é bem-sucedido.
5) É fácil de entender
Toda história de terror tem aqueles trinta minutos de explicação sobre o ocorrido (geralmente intercalados entre investigações autônomas e bem fraquinhas por parte dos personagens principais).
No entanto, em Quando as Luzes se Apagam, esses motivos são revelados em praticamente dez minutos, numa cena muito bem elaborada pelo roteirista, que não a deixa forçada ou “obrigatória”, como a maioria soa. Isso é um alívio, pois a trama não tenta ser muito complexa e “mirabolante”, em vez disso dando atenção ao que realmente interessa: os sustos, que estiveram presentes em praticamente todos os minutos do filme.