Um dos grandes concorrentes ao Oscar deste domingo é 12 Anos de Escravidão, dirigido pelo britânico Steve McQueen – há quem diga que a peleja pela estatueta de Melhor Filme está apenas entre ele e Gravidade, de Alfonso Cuarón.
O filme conta a história real de Solomon Northup, interpretado por Chiwetel Ejifor, um violinista negro livre que é sequestrado em 1841 e forçado por um proprietário de escravos (Michael Fassbender) a trabalhar em uma plantação na região de Louisiana, nos EUA.
O filme apresenta um elenco incrível, contando com Sarah Paulson (de American Horror Story), Benedict Cumberbatch, Paul Dano, Paul Giamatti e Brad Pitt. Mas o grande destaque da trama é Lupita Nyong’o no papel de Patsey, uma das maiores revelações da década. Mesmo não tendo uma participação tão grande, ela é minha aposta para o Oscar de atriz coadjuvante.
Com uma trama muito forte em que o diretor mostra em detalhes a época da escravidão, o filme tem poucas cenas monótonas e faz poucas concessões hollywoodianas a seu tema. Nada de personagens brancos redentores e maniqueísmo entre os escravos bonzinhos e os senhores opressores. Além disso, há algumas cenas muito fortes, em especial aquela em que Solomon e Patsey são chicoteados.
Apenas o final do filme soa um pouco deslocado, talvez apressado demais. Brad Pitt, que surge para uma participação, acaba um pouco mal colocado. Talvez com 10 ou 15 minutos a mais de duração, o filme ficasse mais “folgado”, com mais espaço para se desenvolver.